Papiloscopista catarinense apresenta pesquisa sobre o uso de produtos naturais na revelação de vestígios
A Polícia Científica de Santa Catarina ganha mais uma especialista diplomada pela Academia Nacional de Polícia – Escola Superior de Polícia, em Brasília. A papiloscopista Nathália Cristina Gonzalez Ribeiro, que atua na Superintendência Regional em Joinville, recebeu o título acadêmico ao concluir o curso de especialização em Identificação Humana, desenvolvido pela Polícia Federal, com investimentos da Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp.
“Transmitimos os parabéns a mais essa competente profissional que promove o aprimoramento técnico da Polícia Científica a partir da sua dedicação e empenho pessoal na busca pelo conhecimento. Os estudos realizados pela servidora certamente estarão à disposição dos colegas para o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas científicas”, destaca a perita-geral Andressa Boer Fronza.
Para desenvolver seu trabalho de conclusão de curso, a papi Nathália realizou pesquisa sobre o uso de “Produtos Naturais para a Revelação de Vestígios Papiloscópicos Latentes”. Com base em disciplinas que estudam os aspectos biológicos da pele humana, processos de identificação humana, bem como química e física aplicados a papiloscopia, a servidora da PCI comparou a eficiência de dois pós naturais – açafrão e resveratrol – com os pós reveladores comerciais branco e fluorescente verde.
“Os resultados alcançados com a pesquisa apontam que as duas substâncias naturais funcionam bem como insumos para o processo de revelação de impressões digitais. No entanto, o que me surpreendeu foi que o resveratrol funciona quase que tão bem quanto os pós comerciais testados. Outro detalhe é que o açafrão e o resveratrol são fluorescentes, o que pode facilitar o trabalho em superfícies coloridas”, destaca.
Sobre a Papiloscopia
A Papiloscopia é um método técnico-científico de identificação humana desenvolvido por meio das popularmente conhecidas impressões digitais. As chamadas papilas – pequenos relevos que marcam as pontas dos dedos – já despertavam a curiosidade dos seres humanos na pré-história, como apontam registros de desenhos de impressões papilares em cavernas.
Ao longo do tempo, cientistas estudaram o tema até perceberem que tais relevos sobre a pele tornavam cada pessoa única, descobrindo assim um dos mais importantes meios de identificação humana da história.
Entre as atribuições de um papiloscopista estão a execução, orientação e supervisão sobre os procedimentos de coleta, levantamento, bem como armazenamento de exames e laudos periciais.