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Operação “Trend”: 16 mandados de busca e apreensão cumpridos em 10 unidades federativas

Nesta segunda-feira (23) foi concluída a primeira etapa da Operação “Trend” com a finalização da análise preliminar do material apreendido durante a fase ostensiva da operação, ocorrida em 05/10/2023, tendo como ponto focal o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional – CICCN (Diopi/MJSP), em Brasília/DF.

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência – Diopi da SENASP
(Projeto Mosaico/ENFOC), bem como contou com o apoio das Polícias Civis de nove estados e do DF.

A operação empregou o efetivo de aproximadamente 97 (noventa e sete) policiais para o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, sendo três deles em desfavor de adolescentes, nos seguintes municípios: Santa Cruz de Monte Castelo (PR); Rio Pardo (RS); Belo Horizonte (MG); Pedro Leopoldo (MG);
Caucaia (CE); Rio de Janeiro (RJ); São José dos Pinhais (PR); Miguel Pereira (RJ); São Paulo (SP); Porto Alegre (RS); Altamira (PA); Itapecerica da Serra (SP); Brasília (DF); Primavera do Leste (MT); Joinville e Florianópolis (SC).

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Arthur Lopes, a complexa investigação cibernética exigida para apurar o caso revelou um verdadeiro mapa do racismo. “Isso demonstra que o problema atinge todo o território nacional e não há um perfil determinado; foram identificados desde
adolescentes do sexo feminino a homens de mais idade. “A disseminação de ódio no ciberespaço tem ultrapassado os limites da liberdade de expressão e esses crimes praticados no ambiente virtual não contam mais com o anonimato pretendido pelos seus autores”, pontuou. 

Durante as buscas, foram apreendidos diversos equipamentos computacionais portáteis dos investigados. Após o traslado de todo esse material para Santa Catarina, a análise preliminar dos investigadores, além de encontrar os vestígios digitais dos crimes apurados no inquérito, também revelou que diversos suspeitos possuem perfil extremista, com nítidas referências ao neonazismo.

O briefing realizado pelo Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, em conjunto com o Diretor da Diopi (MJSP), Romano Costa, foi transmitido ao vivo da sala de crise do CICCN às equipes da ponta. Os trabalhos foram supervisionados pelo diretor da DEIC/PCSC, delegado Daniel
Regis, pelo titular da DRRDI/DEIC/PCSC, delegado Arthur Lopes, e pelo coordenador geral de Combate ao Crime Organizado da Diopi, Carlos Augusto Bock.

Durante a sua passagem pelo CICCN, o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, falou da importância da integração entre as polícias civis estaduais no combate ao racismo. Também esteve presente e acompanhou os trabalhos o Secretário adjunto da Segurança Pública de Santa Catarina, Freibergue Rubem do Nascimento, coronel da reserva do Exército Brasileiro.

A investigação

A operação surgiu a partir de uma investigação que começou em Santa Catarina e foi conduzida pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância (DRRDI) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de Santa Catarina. O inquérito policial foi instaurado para apurar a prática de crime de racismo ocorrido no mês de outubro de 2022 contra catarinenses, vítimas de diversos comentários racistas e xenófobos em um vídeo publicado em uma rede social.

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Escrito por:

ASCOM | PCSC

Assessoria de imprensa da Polícia Civil de Santa Catarina

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