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Núcleo Econômico discute ações de enfrentamento da pandemia e sobre a estiagem em Santa Catarina


Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

A governadora interina, Daniela Reinehr, participou do encontro do Núcleo Econômico nesta quinta-feira, 12. Durante a videoconferência, ela enfatizou a união de esforços entre o setor produtivo e o Governo catarinense, destacando a importância do equilíbrio entre saúde e economia. “Temos um grande desafio a ser superado em conjunto. Neste momento, nossa prioridade é o gerenciamento da saúde e a retomada, responsável e gradativa, de todas as atividades econômicas do Estado. Temos trabalhado em campanhas de prevenção e para o tratamento precoce da Covid-19, dando autonomia aos profissionais de saúde e suporte com atenção e medicamentos necessários”, esclareceu.

O grupo é formado pelo Governo do Estado e entidades do setor produtivo, incluindo as Federações das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedor Individual (Fampesc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC), de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Fhoresc), da Agricultura e Pecuária (Faesc), das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), dos Municípios (Fecam), entre outras. As reuniões são realizadas desde o início da pandemia da Covid-19.

Na abertura do encontro, o secretário de Estado da Saúde (SES), André Motta Ribeiro, explicou que estão sendo feitas avaliações de todas as portarias publicadas desde março deste ano. “O objetivo é simplificar as portarias, trazendo uma linguagem mais compreensível, reforçando a necessidade de melhor comunicação com os catarinenses”, disse. Ribeiro reforçou que o pilar fundamental é a abordagem e tratamento precoce dos pacientes de coronavírus, fazendo o monitoramento e a rastreabilidade dos infectados, trabalhando em parceria com a Fecam e municípios. Por fim, ele frisou a necessidade de reforço das orientações e da educação sobre as medidas preventivas para o combate à Covid-19, trabalho que vem sendo desenvolvido junto ao Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes). “Lembrando que todas as propostas de regramento são avaliadas pelo Coes, que é composto por diversas instituições, incluindo Fecam, Ministério Público, associações de hospitais filantrópicos, conselhos regionais, entre outros”,conclui.

De acordo com o último balanço da SES, há 283.252 pacientes com teste positivo para Covid-19, sendo que 265.386 se recuperaram e 14.598 estão em acompanhamento. A doença respiratória causou 3.268 óbitos no Estado desde o início da pandemia. Com isso, a taxa de letalidade é de 1,15%. Conforme os dados levantados nessa semana, as regiões da Grande Florianópolis e Xanxerê foram classificadas com o maior risco potencial, o gravíssimo. Apenas a região do Extremo-Oeste foi classificada com o risco alto. Todas as demais permanecem com o risco grave para a proliferação do novo coronavírus.

O secretário de Estado da Fazenda (SEF), Paulo Eli, informou que, apesar da queda acentuada na arrecadação nos primeiros meses da pandemia, hoje a receita voltou à normalidade. “Estamos no quarto mês consecutivo com alta na arrecadação e, somente no último mês, registramos alta de 17% em comparação com outubro do ano passado. Porém, ainda temos muitos setores fortemente impactados pela crise, entre os quais o de serviços, hotelaria, restaurantes, lazer e de eventos”, enfatizou.

Enfrentamento da estiagem 

Outro assunto abordado pelo grupo foi a estiagem, que tem causado prejuízos sobretudo na região Oeste do Estado. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Rogério Siqueira, sugeriu alinhamento com as entidades ligadas ao setor, incluindo Fecam, Faesc, Fecoagro e a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR). “É um problema que vem trazendo muita preocupação ao nosso Estado. Para minimizar os impactos, a SDE tem agilizado as medidas para a outorga de poços artesianos”, contou.

O secretário da SAR, Ricardo de Gouvêa, complementou que a falta de chuva está prejudicando o Estado desde o ano passado, com defasagem de quase 800 milímetros em algumas regiões. “A Epagri vem desenvolvendo um trabalho com os produtores, para que tenham acesso às ações do Governo. Hoje, temos três novos programas para minimizar os impactos da estiagem”, informou. Na última terça-feira, 10, a SAR anunciou um aporte de R$ 15 milhões, com recursos da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), que serão investidos em projetos de captação, armazenagem e distribuição de água para produtores rurais em situação de vulnerabilidade social e de médio porte, além do repasse de recursos para os municípios mais afetados.

Também foram avaliadas as medidas a serem adotadas com a temporada de verão, ainda com a pandemia de Covid-19. Para o presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt, a capacidade dos hotéis devem ser reavaliadas pelo Coes, de acordo com a matriz de risco. “Com a chegada do verão e o aumento da procura por hotéis, sugerimos a ampliação da capacidade em pelo menos para 60%”, destacou. A recomendação foi endossada também pelo presidente da Fhoresc, Estanislau Bresolin.

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