Novembro Azul destaca importância da prevenção e saúde do homem
Datas importantes, como o Dia Mundial do Diabetes e o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, ambos comemorados no mês de novembro, deram origem um movimento muito mais abrangente, conhecido no mundo todo desde 2003, como Novembro Azul. O objetivo do movimento é conscientizar a população masculina, visando diminuir a taxa de mortalidade por doenças, especialmente o câncer de próstata e destacar a importância dos exames preventivos. Na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional – SDR São Joaquim, durante todo o mês de novembro, a equipe da Gerência de Saúde estará à disposição para informar e orientar sobre ações e cuidados com a saúde do homem.
Informativo da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde revela que doenças do aparelho circulatório são as mais frequentes entre os homens (26,1%), vindo em seguida neoplasias (21,2%), óbitos por causas externas como acidentes e homicídios (16,7%) e doenças do aparelho respiratório (10,7%).
De acordo com a pesquisa, a taxa de mortalidade por neoplasias malignas foi sempre maior entre os homens, representando em média 58% do total. Os tumores se manifestam com mais frequência nas pessoas que tem entre 60 e 79 anos. São mais comuns os cânceres de pulmão, traqueia, brônquios. O câncer de próstata passou de terceiro lugar entre 2000 e 2005, para o segundo mais comum entre 2010 e 2012. Nesse caso, a taxa de mortalidade, que era de 8,8% em 2000, subiu para 11,6% em 2012.
Câncer de próstata
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 68,8 mil casos novos de câncer de próstata devem ser detectados em 2014. No Brasil, esse é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, depois do aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já se encontram em fase avançada. Por isso, é importante o exame regular de toque retal e Antigénico Específico da Próstata (PSA – do inglês Prostate Specific Antigen). Os exames devem ser feitos a partir dos 50 anos, podendo variar para menos conforme os riscos da pessoa apresentar a doença. Estudos comprovam que essa prática pode diminuir em cerca de 21% a mortalidade pela doença.
Dúvidas frequentes
Quais são os exames para detectar a doença?
Os exames consistem na dosagem sérica do PSA e no exame digital retal, complementares para o diagnóstico, com periodicidade anual.
Por que não posso só fazer o exame de sangue?
Porque cerca de 10 a 20% dos casos não são detectados pela dosagem de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares.
Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?
• Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
• Histórico familiar
• Raça (maior incidência entre os negros)
• Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos
• Sedentarismo
• Obesidade
É possível prevenir?
Evitar a doença, não. Mas é possível diagnosticá-la precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%.
Quais são os sintomas?
Na fase inicial, quando as chances de cura são maiores, não há qualquer sintoma. Por isso a importância dos exames. Na fase avançada, quando a cura é mais difícil, o paciente pode sentir: vontade de urinar com urgência, dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal, dores fortes.
Quais são as opções de tratamento?
De acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a prostatectomia radical é o tratamento padrão. Consiste em uma cirurgia para retirada da próstata e apresenta altos índices de cura.
Informações adicionais para a imprensa:
Ana Paula Bandeira
Secretaria de Estado da Saúde/SC
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