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Nova etapa do Projeto Mata Ciliar avança no Oeste

Fotos: Divulgação / Casan

Com reuniões de mobilização e motivação realizadas em outubro e novembro nos municípios de Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Chapecó, Cordilheira Alta, Guatambu, Planalto Alegre e São Carlos, a nova fase do Projeto Mata Ciliar avança na Região Oeste. O trabalho é executado em uma colaboração entre produtores rurais, Consórcio Iberê, Casan e prefeituras, entre outras instituições parcerias.

Nos próximos meses será iniciado o diagnóstico nas novas propriedades, com diagnósticos para avaliação do uso da terra e vegetação atual, entre outros aspectos, para que possa ser feito o cercamento e preservação de Áreas de Proteção Permanente ao longo de cursos d´água.

O Projeto Mata Ciliar é desenvolvido desde 2006 e já deu suporte a mais de 500 produtores rurais da Região Oeste de Santa. Este ano Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e o Consórcio Iberê assinaram um novo convênio para prosseguir com as ações de proteção ao longo de nascentes e cursos d’água.

Nesta nova etapa mais 40 famílias poderão ser integradas ao trabalho, chegando a 539 propriedades de pequenos produtores rurais beneficiadas. O investimento da Casan no projeto desde o início, em 2006, é superior a R$ 3,5 milhões.

O trabalho já permitiu a proteção de 353 hectares, o que corresponde a 3,5 milhões de metros quadrados de vegetação de mata ciliar, ou 353 campos de futebol. As ações são voltadas a propriedades de agricultura familiar caracterizadas pela produção de milho, leite, feijão, soja e fumo, assim como pela criação de suínos e aves.

A Casan investe no projeto para colaborar com a recuperação de nascentes e riachos que são afluentes dos principais mananciais de abastecimento na região Oeste de Santa Catarina, uma região que é com frequencia castigada por estiagens.

A proteção e a recuperação de APPs de nascentes e cursos d’água são ações que também se enquadram nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, movimento que tem tanto a Casan quanto o Consórcio Iberê como signatários.

Nesta nova etapa do Projeto Mata Ciliar mais 40 famílias poderão ser integradas ao trabalho, chegando a 539 propriedades de pequenos produtores rurais beneficiadas

Como funciona o trabalho

A proteção da Mata Ciliar é feita com isolamento da Área de Proteção Permanente (APP) ao longo de cursos d’águas que cortam as terras de produtores rurais, impedindo que animais degradem a vegetação ou que lavouras sejam plantadas nesse local. O cercamento das APP’s permite também a redução dos riscos de assoreamento, de problemas causados por enxurradas e o controle da erosão.

As APP cumprem diversas funções, como a preservação de recursos hídricos, pois criam condições para a infiltração da água das chuvas, contribuindo para o aumento do lençol freático e evitando assim o escorrimento superficial.

Como barreiras naturais, contribuem também para diminuir os efeitos negativos das enxurradas, controlando erosões, retendo sedimentos, reduzindo os riscos de assoreamento e de poluição por agentes externos, principalmente de matéria orgânica, produtos fitossanitários (pesticidas e agroquímicos) e adubos nos cursos d’água.

As APPs com suas matas ciliares também são ambientes para manutenção da biodiversidade vegetal e animal, oferecendo locais de desenvolvimento e abrigo da fauna (mamíferos, aves, répteis e invertebrados), e como corredor ecológico para diversas espécies.