No Dia Mundial do AVC, neurologista chama a atenção para os sinais de alerta e fatores de risco da doença
Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) são a principal causa de óbitos no Brasil e atingem pessoas de todas as idades. No mundo, o AVC é a principal causa de incapacidade, resultando em mais de 100 mil mortes por ano. Por isso, desde 2010, no dia 29 de outubro, a Campanha Mundial de Combate ao AVC busca orientar a população sobre os riscos da doença, os sinais de alerta e as formas de tratamento. A neurologista Gladys Lentz Martins, que atua no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, lembra que o AVC pode ser prevenido e os pacientes têm condições de se recuperar totalmente se receberem suporte adequado.
“É uma doença passível de prevenção, tem tratamento na fase aguda e medidas que podem ser instituídas a longo prazo, havendo necessidade de conscientização da população e dos profissionais de saúde quanto aos fatores de risco e as formas de tratamento”, destaca a médica.
O Hospital Celso Ramos é a única unidade de saúde em Florianópolis estruturada para o atendimento do AVC agudo. “O objetivo desse trabalho é oferecer um tratamento integral ao paciente com AVC, com atuação de uma equipe multidisciplinar para facilitar a recuperação e diminuir o tempo de internação”, conta Gladys.
A Campanha Mundial de Combate ao AVC é coordenada pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization – WSO) coma participação da Rede Brasil AVC e a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. Em Florianópolis conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, Associação Catarinense de Medicina e Unimed de Florianópolis. Em 2015, o tema são as demências potencialmente evitáveis.
“O objetivo é divulgar não apenas o fato de que essa doença pode ser evitada, mas reduzir o impacto do AVC na vida das pessoas, por meio de seis pilares”, explica a neurologista.
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São eles:
1. Conhecer os fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, colesterol alto, arritmias cardíacas (fibrilação atrial);
2. Ser fisicamente ativo e exercitar-se regularmente;
3. Evitar a obesidade, mantendo uma dieta saudável;
4. Limitar o consumo de bebida alcoólica;
5. Evitar o uso de cigarro / parar de fumar;
6. Aprender a reconhecer os sinais de alerta de um AVC.
Semana Nacional do Combate ao AVC
A programação da campanha começa no domingo, 25, com uma caminhada de prevenção, que será realizada em dois locais: na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, onde haverá distribuição de material informativo, verificação de pressão arterial e glicemia; e na Beira Mar de São José, no Continente.
A semana segue com palestras sobre prevenção e identificação de sinais e sintomas do acidente vascular cerebral, o que é a doença e como tratá-la. Acesse a programação completa.
>>> Ouça o SC Entrevista com a neurologista Gladys Lentz Martins
O AVC
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos: isquêmico – quando há falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia; ou hemorrágico – quando ocorre sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos.
Recomendações
· Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
· Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico;
· Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas;
· Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
· Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;
· Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
· Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.
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Jaqueline Richter
Assessoria de Comunicação
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