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Dia dos Povos Indígenas: Epagri atende 1.850 famílias em SC

Neste domingo, 9 de agosto, o mundo celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído em 1994 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A Epagri tem bons motivos para comemorar essa data.

A Empresa atende cerca de 1.850 famílias indígenas dos povos Guarani, Kaingang e Xokleng. São cerca de 7,4 mil índios que habitam aldeias espalhadas por todo o território catarinense e que são alvo de atividades de extensão rural e social.

Esse trabalho teve início em 2002 e segue até hoje com financiamento do Programa SC Rural. Desde lá, os técnicos da Epagri envolvidos participam de processo de formação continuada, que sensibiliza os profissionais e os prepara para atender às demandas apresentadas pelos indígenas. Nessas capacitações, eles têm informações sobre legislação indigenista, religiosidade, etnodesenvolvimento e outras sensibilizações que buscam eliminar rejeições e outros possíveis estranhamentos relacionados à cultura indígena.

Todas as ações obedecem a um Plano de Desenvolvimento da Terra Indígena (PDTI) feito pelos índios com apoio da Epagri. Lá eles estabelecem suas prioridades ambientais, sociais e econômicas para um período definido. Cabe à Epagri encontrar meios de viabilizar tais atividades.

Segundo Rose Mary Gerber, coordenadora do Programa Capital Social e Humano, a Epagri vem oferecendo ao longo dos anos inúmeros cursos que atendem às solicitações dos indígenas. Eles recebem capacitações em apicultura, piscicultura, panificação, criação de frangos, artesanato, reaproveitamento de óleo de cozinha para produção de sabão e sabonete, entre outros.

O curso de bovinocultura de leite teve especial retorno junto aos Kaingang de Chapecó, que aderiram tão bem às orientações técnicas que hoje produzem leite de mais qualidade que os agricultores da região, comemora Rose. Os extensionistas da Epagri também qualificam os índios para produção orgânica de seus alimentos tradicionais, como milho, aipim e batata doce, cuja tradição vinha se perdendo. A intenção é garantir segurança alimentar a esses povos por meio da agricultura de subsistência.

Índia da aldeia Tekoá Marangatu. Foto: Aires Carmen Mariga/Epagri

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Noeli Catarina Pazetto, extensionista da Epagri no município de Imaruí, trabalha com o povo Guarani desde 2002 e garante que a maior vitória obtida nesse período foi a confiança conquistada junto aos membros da aldeia Tekoá Marangatu. Ela conta que já superou importantes desafios, como a implantação de pomares e de galinheiros. Também promoveu cursos nas áreas de água, energia e saneamento. A expectativa agora é pela construção da padaria da aldeia, que reúne cerca de 40 famílias. “O trabalho que fazemos é fundamental, porque além da Epagri, só o setor da educação tem uma relação tão próxima com esses povos”, resume a extensionista.

Mais informações
Rose Mary Gerber
E-mail: gerber@epagri.sc.gov.br
Fone: (48) 3665-5303.

Gisele Dias
Jornalista
Epagri
Fone: (48) 9989-2992 / 3665-5147