Duas estudantes – uma da Serra e uma do Norte catarinense – foram selecionadas para participarem do programa Parlamento Jovem Brasileiro 2017. O resultado foi divulgado pela Câmara dos Deputados na segunda-feira, 14. A iniciativa oportuniza anualmente 50 jovens de 16 a 22 anos para vivenciarem a rotina dos deputados federais, simulando todas as etapas do processo legislativo que este ano será entre 24 e 29 de setembro, em Brasília.

Dos 92 inscritos de Santa Catarina, seis foram selecionados e enviados à Câmara dos Deputados para a etapa Nacional. Eles eles, as alunas Ana Larissa Pavesi, da EEB Padre João Stolte, de Botuverá, e Maria Luisa Schuller de Abreu, da EEM Valmir Omarques Nunes, de Bom Retiro, destacaram-se com os projetos criados. “Todos os trabalhos foram excelentes, com projetos de lei abordando a realidade brasileira com observação de problemas que precisam de solução propondo possíveis alternativas para temas de relevância para o Brasil”, diz a coordenadora do programa no Estado, Luzia Madalena Leite.

Com o tema focado em Educação, Ana Larissa Pavesi, de 16 anos, desenvolveu o projeto de lei Programa de Fomento à Associação de Adolescentes para promoção de cursos e debates sobre temas de interesses comuns aos jovens. As ações fundamentadas no projeto têm como propósito auxiliar e amenizar os problemas enfrentados pelos adolescentes entre 13 e 17 anos, por meio de debates, programas e cursos que promovem a interação.

Segundo Ana, o que a motivou na criação do projeto foi o jogo Baleia Azul, que desafia os jovens em atividades que colocam em risco a própria vida. “Os casos do jogo preocuparam muitas famílias e, a partir disso, pensei em algo que pudesse ocupar o tempo ocioso dos adolescentes, que muitas vezes não têm oportunidade”, conta.

Como uma forma de estimular a participação dos jovens nas ações, a proposta prevê descontos em cursos técnicos e de graduação particulares reconhecidos pelo Ministério da Educação. “O apoio e a orientação do professor Kelwyn Pflerger foi essencial para tornar meu projeto ainda melhor”, completa a idealizadora do projeto.

Maria Luisa Schuller de Abreu cursa o técnico em Agropecuária e escolheu a área da Saúde com o projeto “A utilização de plantas aromáticas regionais reconhecidamente repelentes de insetos em estabelecimentos públicos de ensino”. A partir do concurso Escola Promotora de Saúde, da Secretaria de Estado da Educação, a aluna fundamentou o projeto com o intuito de evitar o uso de agrotóxicos e inseticidas utilizados com frequência na região. “A ideia surgiu para proteger ainda mais a escola com o cultivo das plantas como pimenta, alecrim, hortelã, por exemplo”, explica a aluna.

De acordo com o diretor da escola e também orientador do projeto, Fabio de Almeida, o trabalho em conjunto com o coordenador do curso de Agropecuária da escola, Danilo Wilhelm Filho, e do professor de língua portuguesa e inglesa, Erivelton Pereira, ajudou no resultado positivo do trabalho. “Buscamos sempre motivar os nossos estudantes a participarem de concursos, programas, olimpíadas e eventos para que sejam inseridos na realidade diária. Buscamos também promover a interação entre colegas e, além de tudo, alcançar o objetivo do ensino médio com a formação humana e integral dos jovens”, enfatiza Almeida.

{article Flávia Cunha – ADR Brusque}[text]{/article}