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Monitoramento da cigarrinha-do-milho alerta: todos os produtores de uma região devem fazer o controle químico da lavoura recém-semeada

É importante que todos os produtores de uma região realizem o controle químico da lavoura recém-semeada até V8 – V10, pois estes estágios são críticos em caso de transmissão. Os sintomas dos enfezamentos são silenciosos e só serão possíveis de serem observados ou quantificados geralmente na fase reprodutiva da lavoura. Essa é a principal mensagem do 22º informe de monitoramento da cigarrinha-do-milho na safra 2024/25 em Santa Catarina. 

Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, pesquisadora da Epagri responsável pelo monitoramento, explica que o produtor que planeja o milho safrinha deve também planejar o manejo inicial da lavoura, para impedir que insetos infectados que migram de lavouras mais velhas transmitam os patógenos nas fases iniciais do milho de segunda safra. 

A incidência da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina não se mostra tão elevada nesta fase da lavoura, na comparação com o mesmo período de safras anteriores. O destaque fica para a detecção do fitoplasma do enfezamento vermelho e do vírus do rayado fino nas três últimas semanas. Por outro lado, o espiroplasma do enfezamento pálido tem sido ausente ou de baixa detecção, o que é conveniente para a fase vegetativa da lavoura, já que, devido à altura das plantas, o manejo de insetos fica mais difícil. 

O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC. É uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.