O Ministério da Saúde credenciou nesta quinta-feira, 16, a Sala de Apoio à Amamentação no Banco de Leite Humano da Maternidade Darcy Vargas, em Joinville. A instituição possui diversas ações de pró-aleitamento e neste ano passou a oferecer um local mais agradável para as doadoras. Na mesma solenidade os outros 13 bancos de leite – seis em hospitais públicos – receberam um certificado de excelência, pelo cumprimento dos requisitos elaborados pela Rede Brasileira e Programa Iberoamericano em Bancos de Leite Humano.

Em Santa Catarina, no ano passado, foram coletados 8.156 litros que contribuíram com a vida de 6.298 recém-nascidos doentes ou prematuros. Nas unidades de saúde foram atendidas 72.998 mulheres catarinenses, das quais 4.992 são doadoras. No Brasil, são 218 bancos e 155 postos de coleta que compõem a maior rede de bancos de leite do mundo.

O aleitamento materno é o alimento ideal para as crianças pequenas, e sua utilização está relacionada a uma redução da desnutrição e da mortalidade infantil. Para o diretor da Maternidade Darcy Vargas há desafios. “A captação de doadoras é a grande dificuldade dos bancos de leite e é importante aumentar o número e com isso a quantidade de leite a ser distribuído”.

As salas de amamentação são espaços dentro de empresas ou instituições públicas com finalidade de dar conforto, privacidade e segurança às mulheres que amamentam. Em ambiente de trabalho se gasta menos de uma hora ao dia com a ordenha mamária. “Além de contribuir com a manutenção da produção láctea e a viabilidade com interferência mínima na produtividade”, avalia a médica pediatra Maria Beatriz Reinert do Nascimento, responsável pelo Bando de Leite Humano, na MDV.

Uma sala de amamentação permite esvaziar as mamas e armazenar o leite em frascos previamente esterilizados. O leito é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma etiqueta de identificação com o nome da mãe, a data e à hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levá-lo para casa para que seja oferecido ao seu filho quando ela estiver ausente.

“A estratégia de apoio à mulher trabalhadora que consiste em criar uma cultura de respeito e apoio à amamentação como forma de promover a saúde da mãe e do bebê”, explica a médica Maria Baetriz. Os Bancos de Leite Humano integram a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno e contempla a estratégia Rede Cegonha – com assistência às gestantes e aos bebês pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Bancos de Leite certificados

– Banco de Leite Humano Alimente uma Vida – Maternidade D. Catarina Kuss de Mafra;

– Banco de Leite Humano do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen de Itajaí;

– Banco de Leite Humano do Hospital e Maternidade Jaraguá de Jaraguá do Sul;

– Banco de Leite Humano do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão;

– Banco de Leite Humano do Hospital Infantil Joana de Gusmão de Florianópolis;

– Banco de Leite Humano Sr. Klaus Schumacher do Hospital Rio Negrinho de Rio Negrinho;

– Banco de Leite Humano de Blumenau;

– Banco de Leite Humano e Central de Informações de Aleitamento Materno da Maternidade Carmela Dutra de Florianópolis;

– Banco de Leite Humano da Maternidade Darcy Vargas de Joinville.

{article Ana Paula Keller – SDR Joinville – Assinatura}{text}{/article}