Neste domingo, 17, é comemorado o Dia Internacional da Prematuridade. A data foi criada em 2009, na Europa, com a finalidade de buscar formas para reduzir a taxa de nascimentos prematuros e as decorrentes sequelas nas crianças. A Maternidade Darcy Vargas (MDV), de Joinville, participa pela primeira vez desta data com uma programação dedicada às famílias com bebês prematuros que nasceram ou estão internados em sua unidade.

Com uma equipe multiprofissional, a Maternidade Darcy Vargas atende uma grande demanda de bebês prematuros, desenvolvendo ações que minimizam o sofrimento destas crianças. Mensalmente, a MDV registra uma média de 443 nascimentos, com 20 internações na Unidade de Terapia Intensiva. Do total de nascimentos, 7% referem-se a partos prematuros.

O estudo Prematuridade e suas possíveis causas, divulgado em agosto/2013, em Brasília, revelou que a prevalência de partos de crianças prematuras é de 11,7% em relação a todos os partos realizados no País.

Esse percentual coloca o Brasil no mesmo patamar de países de baixa renda, onde a prevalência é de 11,8%. Nos países de renda média o percentual é de 9,4%, segundo o relatório Born too Soon, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2012.

Os pesquisadores investigaram os números da prematuridade no Brasil e também o baixo peso ao nascer. Segundo o estudo, há um crescimento de partos prematuros no Brasil, ao contrário do que se poderia esperar, já que o país vem reduzindo as suas taxas de mortalidade. O Brasil está na décima posição entre os países onde mais nascem prematuros.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a prematuridade é a principal causa de morte de crianças no primeiro mês de vida. Atualmente, a taxa brasileira de mortalidade de crianças abaixo de um ano é de 16/1000 nascidos vivos. Os dados são da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA). Cerca de 70% das mortes acontecem nos primeiros 28 dias de nascimento.

As regiões Sul e Sudeste são as que apresentam os maiores percentuais de prematuridade, com 12% e 12,5%, respectivamente, seguidas das regiões Centro-Oeste (11,5%), Nordeste (10,9%) e Norte (10,8%).

De acordo com o estudo, as mulheres indígenas apresentam o maior percentual de partos prematuros, com 8,1%. As mulheres de pele branca respondem pelo percentual de 7,8%, seguida pelas mulheres de pele negra (7,7%), parda (7,1%) e amarela (6,3%).

A idade da mãe é um fator que pode influenciar nos partos prematuros. A maior prevalência nesse quesito foi encontrada entre as gestantes abaixo dos 15 anos de idade, respondendo com uma prevalência de 10,8% contra a menor taxa encontrada, 6,7%, entre as mulheres na faixa dos 20 aos 34 anos.

Dados do estudo indicam uma estreita relação entre o aumento da prematuridade e a realização de cesarianas. As mais altas taxas são observadas nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, enquanto as mais baixas estão no Norte e Nordeste.

O Brasil apresenta as mais altas taxas de cesarianas no mundo. A frequência aumentou de 37,8% de todos os partos em 2000, para 52,3% em 2010. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a taxa de cesariana não ultrapasse os 15%, e alerta que o excesso de cesarianas aumenta a mortalidade de mães e crianças.

Programação da MDV para o Dia Internacional da Prematuridade
Período Matutino: Atividade com a equipe de profissionais envolvidos no cuidado do bebê e família.

Período Vespertino: Confraternização com as famílias de bebês prematuros que estão ou estiveram internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) da Maternidade Darcy Vargas (MDV).

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