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Mamãe SC: Maternidade Carmela Dutra oferece acolhimento desde a gestação 


Em que momento nasce uma mãe? Em que instante o instinto materno de proteção é despertado e do que uma mãe é capaz para garantir a segurança do seu filho? Para Camila, esse sentimento de proteção e doação despertou com 23 semanas e 4 dias de gestação. Uma dor intensa a fez procurar atendimento na Maternidade Carmela Dutra (MCD), em Florianópolis, e a partir dali uma longa jornada teve início. 

“Quando eu internei, o prognóstico é que ele fosse nascer logo, então eu falei assim: eu preciso ser forte porque o Augusto vai continuar aqui na barriga por um tempo pra ir ganhando peso e se desenvolvendo. Naquele momento eu comecei a me descobrir como mãe”, descreve Camila. 

A partir dos exames realizados na Maternidade, foi detectado que a Camila estava com bolsa protusa, ou seja, o Augusto já estava no canal vaginal. “Nos casos como o da Camila, nós podemos tentar algumas intervenções, como cerclagem vaginal, mas pelas características dela não foi possível, então indicamos o repouso total e acompanhamento da equipe de gestação de alto risco aqui na nossa unidade”, explica a pediatra Lissandra Andujar, também diretora técnica da MCD.

Assim passaram-se seis semanas. Camila permaneceu, em repouso absoluto, internada na Maternidade Carmela Dutra. Ela não era retirada da cama para tomar banho e nem para se alimentar, e recebia o acompanhamento constante de uma equipe multidisciplinar com médicos, nutricionista e fisioterapeuta. 

“Minha família foi fundamental, praticamente fizemos uma mudança para o hospital. Durante o dia, minha mãe me acompanhava e à noite, o meu marido. Eu comia tudo pensando sempre nele, para que crescesse forte e saudável, para que ganhasse peso. Tudo que fazia era por ele, eu não me importava quanto tempo eu ficaria internada, se ficaria com algum problema depois para caminhar, eu queria só que ele crescesse bem e saudável”, conta Camila. 

No Brasil, o chamado limite de viabilidade de bebês abaixo de 25 semanas é de 50%, sendo que quanto mais novo, menores as chances de sobrevivência. Enquanto, a partir das 29 semanas essa taxa já salta para 90%. Na MCD, referência em gestação de alto risco, as gestantes são acompanhadas em um trabalho dedicado a garantir a segurança para a mulher e o bebê. “Com 29 semanas percebemos que estava na hora de Augusto nascer. Esse tempo que a mãe permaneceu aqui conosco permitiu que ele ganhasse mais de um quilo e se desenvolvesse dentro do útero”, descreve a Dra Lissandra. 

E foi o que ocorreu. No dia 21 de abril de 2024, Augusto nasceu. Pesando 1675 gramas, sem intercorrências ou sequelas provenientes da prematuridade. Camila teve de passar por um processo de fisioterapia e acompanhamento emocional. O tempo que permaneceu internada sem poder levantar lhe causaram sequelas temporárias de mobilidade. 

“Mas tudo valeu e está valendo a pena. Agora seguimos em uma nova etapa. Augusto está na UTI para ficar ainda mais forte e eu permaneço aqui ao lado dele todos os dias”, conta Camila.

Após o nascimento, alegrias e batalhas

As mães que acompanham seus bebês na UTI Neonatal podem permanecer o tempo todo na Maternidade. Elas recebem refeição, fazem a coleta de leite no Banco de Leite Humano e podem ficar no Recanto das Mamães.  

Para Lissandra, a dedicação da mãe foi fundamental para que Augusto nascesse forte e saudável. “A Camila não só deu a vida ao Augusto, ela deu o futuro para o seu filho”.

Agora, a família conta os dias para levar o pequeno para casa e cada contato é comemorado com muito amor. “Ele permanece a maior parte do tempo no bercinho aquecido, mas quando ele vem pro meu colo é um momento único. Quando pego ele, ali na UTI, fico imaginando quando estivermos em casa”, conclui Camila.

Mais informações:
Karla Lobato
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
e-mail: imprensa@saude.sc.gov.br

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Escrito por:

ASCOM | SES

Assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde

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