A Bienal Brasileira de Design 2015, promovida pela primeira vez em Florianópolis, teve início nesta sexta-feira, 15. Um seminário internacional com experts de vários países marcou a abertura do evento, prestigiada pelo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Sergio Gargioni.

A Fundação ligada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável vem dando apoio institucional à bienal desde seus pré-eventos, como o Prêmio Design Catarina. Desde 2013, foram feitas palestras, exposições e seminários por todo território catarinense, que culminaram com o evento atual, que vai até 12 de julho.

O curador da Bienal, Freddy Van Camp, mostrou o motivo pelo qual Florianópolis está sediando o evento. “Santa Catarina tem uma história de design que vem desde os anos 60. Nos últimos anos, ela tem se intensificado, com a criação, dos inúmeros cursos de design nos anos 90. Há interesse pelo Design, formação de pessoas e um mercado exportador muito forte.”

Como parte dessa história, Gargioni destacou o Programa Brasileiro de Design, do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que em 1982 criou o Curso de Design de Móveis em São Bento do Sul, sendo o primeiro dessa área no Estado.

“Mais tarde veio o LBDI (Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial), em Canasvieiras, que esteve ativo durante 15 anos”, lembrou. O LBDI terá sua história contada em uma exposição no Museu da Escola Catarinense a partir do dia 26 de maio.

O tema central da Bienal, “Design para todos”, se refere à democratização do design e à preocupação com o ser humano, tentando levá-lo a pessoas com deficiência, e integrando também iletrados e idosos.

“Nós temos agora um aumento da longevidade da população, e o país ainda não se conscientizou disso. O design pode criar soluções para essa população e contribuir para aumentar ainda mais a longevidade das pessoas”, argumenta o curador. Um exemplo de ação de inclusão nesta Bienal é o projeto “Eu entendo, eu escolho: espaço comercial de roupas para pessoas cegas ou com baixa visão”, que estará aberto para visitação de 29 de maio a 12 de julho, em Jaraguá do Sul.

O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/AC), Natalino Uggioni, destacou o envolvimento e sensibilização das indústrias e da comunidade empresarial. Ele citou o grupo Santa Catarina Moda e Cultura, que faz uso coletivo do design como fator de diferenciação, e já tem mais 20 empresas associadas.

Outra expectativa é a criação de um Centro de Design no Sapiens Park, além de influenciar a cultura empresarial a usar o design para gerar desenvolvimento e competitividade.

Sobre a Bienal

Mais de 150 exposições, seminários, ações educativas e interativas, vão acontecer por toda Santa Catarina até 12 de julho. Em Florianópolis, haverá mostras no Museu de Arte de Santa Catarina, Museu da Imagem e do Som e no Espaço Lindolf Bell, localizados no Centro Integrado de Cultura (CIC), o Museu Histórico de Santa Catarina, na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina e em espaços abertos.

>>> A programação pode ser consultada aqui.

O evento é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Movimento Brasil Competitivo, apoiada pela Apex-Brasil e governo estadual por meio da Fapesc e realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina e pelo Centro de Design Catarina.

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Heloisa Dallanhol
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