Laboratório da Udesc Oeste realiza análises microbiológicas de água potável
O Laboratório de Biologia Molecular, Imunologia e Microbiologia do curso de Zootecnia do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), realiza análises microbiológicas da água consumida em propriedades urbanas, açudes e bebedouros de Chapecó e região. O serviço começou este mês e cada resultado fica pronto em dois dias.
A análise é realizada pelas alunas e bolsistas de Zootecnia, Natália Cristina Melani e Beatriz Daniele, supervisionadas pela professora Lenita Moura Stefani. Os interessados precisam encaminhar o pedido de análise da água para borrucia@hotmail.com ou ligar para (49) 3330-9437.
Para realizar os testes, o laboratório obteve recursos de uma empresa privada de Chapecó. “Com o dinheiro, compramos os frascos e iniciamos as análises”, diz a professora, que atua também no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, da Udesc Lages.
Parâmetros
Segundo Lenita, o laboratório utiliza os parâmetros químicos, físicos e biológicos para determinar se a água consumida é de boa ou má qualidade.
Os físicos estão relacionados com as características organolépticas, como cor, odor, sabor e temperatura, e os químicos são definidos pelos componentes orgânicos e inorgânicos presentes e propriedades, como alcalinidade e dureza, “que não são observados facilmente”.
Já os parâmetros biológicos interferem diretamente na saúde humana e animal. “Uma fonte de água contaminada com microorganismos indesejáveis pode apresentar risco à saúde”, afirma a docente. Os patógenes de maior importância que contaminam as fontes naturais são os coliformes fecais, acrescenta ela, que aponta as bactérias das espécies Escherichia coli e Campylobacter jejuni e do gênero Salmonellla como as principais.
Segundo ela, os danos à saúde mais comuns causadas pelas bactérias são náuseas, vômitos, dores abdominais e diarréia. Esse quadro pode evoluir para infecções renais e intestinais, hemorragias e septicemias, e podem levar à morte, principalmente em idosos, bebes ou imunodeprimidos por razões diversas.
A poluição, aliada à falta de saneamento básico e o tratamento adequado dos resíduos domésticos e industriais, são as principais causas da contaminação da água, segundo o Laboratório de Biologia Molecular da Udesc Oeste. No mundo, calcula-se que existam 780 milhões de pessoas sem acesso à água potável e 2,4 milhões sem saneamento básico.
Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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