Intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o território catarinense é prioridade do Governo do Estado. Por esta razão, a Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com as ADRs, está realizando intensa mobilização para que tenhamos, segundo o secretário da Saúde, João Paulo Kleinübing, um verão melhor do ponto de vista da dengue do que foi a temporada passada, quando foi registrada a primeira epidemia da doença em Santa Catarina.

De acordo com a gerente regional de Saúde de São Lourenço do Oeste, Maria da Graça Nomura, quatro dos sete municípios que integram a ADR estão na lista dos 28 municípios catarinense considerados infestados pelo Aedes aegypti. São eles: Coronel Martins (com 20 focos), Novo Horizonte (14 focos), São Bernardino (33 focos) e São Lourenço do Oeste (138 focos). Os dados foram coletados com a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado nesta sexta-feira, 8.

Neste mesmo dia, agentes de Saúde e Combate a Endemias dos municípios com o maior número de focos do mosquito na região de São Lourenço estiveram reunidos no anfiteatro da Gerência Regional de Saúde para participar de uma webconferência com profissionais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado. Na ocasião, foram repassadas orientações e normas técnicas de conduta sobre as vistorias a residências e outros estabelecimentos. Além disso, foi reforçada a importância da realização de ações de conscientização da população.

Ainda nesta semana, na quarta-feira, 6, o secretário executivo da ADR, Walmor Jose Pederssetti, e a gerente de Saúde, Maria da Graça Nomura, participaram de uma videoconferência promovida pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Defesa Civil Estadual, onde houve a apresentação do Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito e o reforço da importância da criação das Salas de Situação locais nos 28 municípios infestados.

A gerente Maria da Graça salienta que o número de focos é preocupante na região de São Lourenço e que, no momento, não há casos registrados da doença porque, para transmitir a dengue, a fêmea do mosquito precisa picar alguém infectado. A partir daí, inicia-se o ciclo de transmissão da dengue, pois passaremos a ter o vírus circulante na nossa região.

A preocupação é ainda maior nesta época do ano, em que as pessoas se deslocam para outras regiões do país, por ocasião do período de férias e podem trazer o mosquito infectado nas bagagens ou adquirirem a doença durante a viagem.

Infestados

Os municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti são Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim.

As salas de situação

Sobre as salas de situação, que deverão ser implantadas nos municípios considerados infestados, a gerente ressalta que os municípios não precisarão contratar pessoal nem dispender recursos financeiros. A recomendação do Governo do Estado é o envolvimento de parceiros que já existem no município como, por exemplo, Vigilâncias em Saúde, Atenção Básica; Gerências Regionais de Saúde; Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; Polícia Militar; Secretaria de Educação e Secretaria de Obras/Infraestrutura.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, a Sala de Situação é muito importante para facilitar a comunicação das necessidades dos municípios à sala estadual e para que se possa solicitar apoio à federal, como, por exemplo, a atuação das Forças Armadas para reforço de pessoal.

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