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Inquérito da Polícia Civil sobre incêndios na Prefeitura de Criciúma conclui que a causa em ambos os casos foi sobrecarga da rede elétrica

A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, concluiu, nesta quarta-feira, 8, o inquérito que investigada os dois incêndios na prefeitura do município. As investigações apontaram que as chamas foram decorrentes de sobrecarga na rede elétrica da prefeitura, não sendo verificada ação humana direta na ocorrência destes dois fatos. Em razão disto, finalizou-se o procedimento policial sem o indiciamento de eventual culpado.

Os incêndios ocorreram nos dias 25 de maio e 7 de junho deste ano, e a DIC de Criciúma ficou responsável por apurar as causas e autoria nos dois casos. Os incêndios causaram grande destruição e abalo na estrutura do prédio, ocasionando sua interdição.

A investigação e resultados

Durante os 40 dias de investigação, a Polícia Civil ouviu as pessoas que estavam trabalhando na prefeitura na data dos incêndios, os servidores dos setores atingidos e engenheiros e responsáveis pelas obras que estavam em andamento no paço municipal. Além das oitivas, os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) foram essenciais na conclusão.

Através das informações obtidas durante a investigação, analisadas em conjunto com as conclusões dos laudos periciais lavrados pelo IGP, foi possível detectar que o incêndio ocorrido em maio se originou no Departamento de Fiscalização de Tributos, no primeiro andar, decorrente de sobrecarga elétrica no local onde estavam instaladas uma impressora e uma estufa de madeira para aquecer papel. Foi possível verificar, através das câmeras de vigilância, sinais de fumaça às 23h30 do dia 26 de maio, tomando o incêndio proporções maiores por volta das 3h30 do dia seguinte, destruindo completamente os setores de Fiscalização de Tributos e de Planejamento Físico Territorial.

O delegado de Polícia Civil, André Milanese, destacou que não houve causa externa para a ocorrência do primeiro incêndio, decorrendo de sobrecarga elétrica, possivelmente devido a problemas na antiga rede de energia da prefeitura, datada de 1980. “Não houve, portanto, caracterização de crime”, acrescentou Milanese.

Com relação ao incêndio ocorrido na data de 7 de junho, foi possível detectar que se iniciou no setor de informática, ocasionando a destruição total do lado esquerdo da prefeitura, incluindo o gabinete do prefeito e a Procuradoria. Os peritos constaram que o incêndio se originou de sobrecarga na instalação elétrica que abastecia o equipamento de nobreak do setor de Informática. 

Como o laudo do IGP não foi possível identificar se essa sobrecarga foi em decorrência da falha do equipamento ou da nova rede elétrica instalada, foi realizada oitiva e acareamento entre o chefe do setor de Informática, o responsável pela empresa que havia refeito a instalação elétrica e o representante da empresa de computadores que revisou e instalou o nobreak.

Em função da urgência em abrir a prefeitura após o primeiro incêndio, foi decidido entre a empresa contratada para realizar as obras de reparo e a municipalidade que seria feita uma nova instalação elétrica provisória para abastecer os setores atingidos, pois se pretendia refazer toda a instalação elétrica do prédio, o que levaria mais tempo.

O coordenador do setor de Informática informou que foi exigida uma nova rede elétrica para o setor, o que foi feito, que entrou em funcionamento na data de 2 de junho deste ano, dia no qual o nobreak voltou da revisão e foi ligado, o que possibilitou a ligação do servidor e a ativação do sistema de computação da prefeitura. O coordenador informou não ter percebido nada de anormal durante os cinco dias em que o setor ficou em funcionamento até a ocorrência do segundo incêndio.

O representante da empresa contratada pela prefeitura para refazer a parte elétrica alegou que a rede que abastecia o setor de Informática era toda nova e com utilização de material que suportava a tensão exigida, eximindo-se de culpa na ocorrência do curto circuito que gerou o incêndio.

Já o representante da empresa de computação declarou que, após o primeiro incêndio, o nobreak e demais equipamentos do setor, que não foram diretamente atingidos pelo fogo, foram levados para limpeza e revisão. Durante os três dias de testes, os equipamentos apresentaram funcionamento normal, razão pela qual foram devolvidos à prefeitura e ligados na rede elétrica, não tendo sido detectado qualquer tipo de problema na rede elétrica por parte dos técnicos de informática.

Informações adicionais para a imprensa
Isabel Muniz Corradini
Assessoria de Imprensa da Polícia Civil
E-mail: imprensa@pc.sc.gov.br.
Fone: (4
8) 3664-2313 / 99175-2336
Site: www.policiacivil.sc.gov.br

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