Habilitação estadual de alta complexidade em cardiologia para o Hospital de Concórdia permite cirurgia inédita e outros 95 procedimentos
Foto: assessoria Entidade São Camilo
O Hospital São Francisco (HSF), de Concórdia, realizou a primeira troca de válvula cardíaca pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e mais 95 procedimentos cardiológicos desde 1º de agosto, quando a unidade recebeu habilitação estadual em alta complexidade em cardiologia intervencionista e cirurgia cardiovascular e se tornou referência na região. A ampliação dos procedimentos cardiológicos em outras unidades do Estado é uma estratégia adotada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para aumentar a oferta de serviços e encurtar a distância entre os domicílios dos pacientes e os locais de tratamento.
“Desde que essa atual gestão assumiu, trabalhamos para descentralizar os procedimentos cardiológicos. Com essa habilitação, estamos diminuindo distâncias e possibilitando que os pacientes possam realizar a sua cirurgia, com qualidade, em sua região. O Hospital São Francisco é uma instituição importante para Santa Catarina e tem atendido às demandas dos pacientes da sua região, no Meio Oeste”, explica a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
No final de outubro, a equipe de cardiologia do HSF realizou a primeira de troca de válvula cardíaca pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no paciente Johann Gross, de 59 anos, residente de Itá. A cirurgia levou cinco horas, e foi feita pelo cirurgião cardíaco Jeferson Roberto Sesca, auxiliar residente médico Gustavo Schunemamm, anestesiologista Beatriz Moser da equipe SEDARE, além do envolvimento direto de mais de 10 profissionais, entre instrumentadores e equipe de enfermagem. Após o procedimento, o paciente foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de onde já teve alta e recupera-se em sua casa.
Segundo o cirurgião cardíaco Jeferson Sesca, a indicação de troca de válvula cardíaca, nos casos de infecção, ocorre quando a presença de bactérias causa destruição da estrutura da válvula ou na falha do tratamento apenas com antibióticos sistêmicos, como foi o caso do paciente. Quando a válvula se deteriora e perde a capacidade de controlar o fluxo sanguíneo, a única chance de reestabelecer o bom funcionamento do coração é com a cirurgia de troca da válvula doente.
“A habilitação do Hospital São Francisco em alta complexidade em cardiovascular foi um passo fundamental para a nossa região e também para todo o Meio-Oeste. A portaria estadual devolveu o ânimo, a alegria e, principalmente, a saúde para essas pessoas que precisam. Muitas pessoas já foram salvas por essa portaria. Parabéns ao governo Jorginho Mello e à secretária Carmen Zanotto por essa sensibilidade e entender o quanto é importante ter assistência à saúde próxima ao cidadão”,
agradece o diretor-geral do HSF, Claudemir Andrighi.
Antes de ser habilitado pela SES, o Hospital São Francisco já realizava cateterismo e angioplastia em pacientes SUS com diagnóstico de supra cardíaca , também conhecido como infarto agudo do miocárdio com supra de ST, gerada quando há a total obstrução de uma das artérias coronarianas. Os demais pacientes eram encaminhados a referência no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê. Após a habilitação, já foram realizadas 96 procedimentos, entre eles 41 angioplastias, 52 cateterismos, dois implantes de marca passo definitivo e uma troca de válvula cardíaca.
Endocardite
Com o diagnóstico de Endocardite, a internação de Johann Gross foi longa em virtude do tratamento. A primeira abordagem clínica para a endocardite é o tratamento com antibióticos, administrados em leito hospitalar, visando a melhora da inflamação. Como não houve uma resposta satisfatória neste sentido, o paciente foi encaminhado para a cirurgia de troca de válvula cardíaca. Durante este período Johann foi acompanhado por cardiologistas do Hospital São Camilo, além de toda a equipe multidisciplinar e de assistência.
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Gabriela Ressel
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