Faz exatamente um ano que a Serra Catarinense conta com uma importante ferramenta para garantir mais qualidade à saúde pública da população. O Grupo de Fortalecimento da Atenção Básica (AB), coordenado pela Gerência de Saúde da Secretaria do Desenvolvimento Regional de Lages, atua nos 18 municípios da Amures a fim de planejar estratégias para a qualificação dos serviços, fortalecer a coordenação e direcionar demandas entre municípios, região e Estado.

O trabalho da atenção básica é a porta de entrada para os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas fases de promoção à saúde, prevenção, reabilitação e ações curativas, que estabelecem uma rede de atenção e cuidado com as pessoas.

Já a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é uma das ações de desenvolvimento do SUS para descentralizar a busca pelas necessidades. Assim, o Ministério da Saúde prioriza a troca de experiências entre os profissionais da área, que relatam a realidade da comunidade de maneira mais próxima.

Na Serra Catarinense, a comemoração do primeiro aniversário do Grupo de Fortalecimento da Atenção Básica veio em forma de trabalho. Na tarde desta quarta-feira, a exemplo do que fazem mensalmente para discutir propostas e avaliar dificuldades e progressos na saúde, os 18 coordenadores de atenção básica na região se reuniram na sede da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), em Lages.

A pauta girou em torno do Programa Saúde na Escola (PSE), do Bolsa Família, das academias da saúde, da Rede Cegonha (atendimento e acompanhamento de pré-natal) e do acompanhamento à saúde de crianças e idosos.

“Cada município tem situações diferentes a serem tratadas, e o nosso grupo é uma forma de dar voz às necessidades deles. Daqui saem diversas decisões e planejamentos para ajudar os municípios a se organizarem”, diz a coordenadora regional de Atenção Básica, Daniela Rosa de Oliveira.

Comunicação ágil e coletiva beneficia diretamente a população

Um dos vários benefícios conquistados pelo Grupo de Fortalecimento da Atenção Básica é a troca de informações entre os profissionais. A enfermeira Mayara Rodrigues de Souza, de Bom Jardim da Serra, lembra que antes de o grupo ser criado havia muita dificuldade de comunicação entre municípios e as determinações do Ministério da Saúde. Agora, isso mudou.

“Muitas vezes a informação ficava fragilizada. E com o grupo, as ações foram apresentadas de uma maneira mais eficaz para o município, mostrando como fazer e quais os benefícios, porque cada município é diferente do outro”.

Já a enfermeira Célia Maria Ortiz Correa, de São José do Cerrito, comemora o fato de o grupo ajudar a orientar os membros da atenção à saúde na região, proporcionando a continuidade dos trabalhos e o repasse de informações importantes à população.

“É onde a gente se fortalece também, porque estamos aqui para tirar dúvidas e para que a nossa atenção básica nos nossos municípios seja fortalecida e caminhe junto. É uma ponte que estabelece contato entre a comunidade e as unidades municipais de saúde”.

Texto: Luiz Henrique Zart

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