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Governo e Fiesc firmam parceria na qualificação de mão de obra catarinense para fábrica da Nestlé Purina, no Oeste

O governador do Estado, Jorginho Mello, participou na manhã desta quinta-feira, 30, do encontro que reuniu representantes da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e da empresa Nestlé Purina, que está construindo uma fábrica na região Oeste de Santa Catarina. Na reunião, foi assinado um termo de cooperação para qualificação da mão de obra para a nova unidade que está sendo erguida em Vargeão. A expectativa é que a nova indústria opere com aproximadamente 200 profissionais diretos até o fim de 2023.

No encontro, na sede da FIESC em Florianópolis, o governador Jorginho Mello destacou que a instalação do complexo vai gerar mais empregos, movimentando a economia da região. “Eu não tenho dúvida de que a cidade de Vargeão vai se transformar com esse investimento e também vai ajudar todo o Estado. Nós temos muito orgulho de Santa Catarina ser um estado com um DNA de trabalho. Para o catarinense, não tem tempo feio não, ele coloca a mão na massa e faz”, disse o governador.

Com um investimento previsto de R$ 2,5 bilhões, a área construída chega a 40 mil m² e a previsão é que mais de mil pessoas estejam no canteiro de obras durante a construção e instalação do novo parque industrial da empresa, na região Oeste do estado.

Foto: Divulgação Nestlé Purina

Capacitação de mão de obra

O termo de cooperação, que foi assinado, prevê a capacitação de aproximadamente 150 pessoas em operação industrial. O objetivo é qualificar moradores da região Oeste catarinense. Ao longo do ano, seis turmas serão formadas em parceria com o SENAI, cada uma com 25 vagas. Em janeiro começaram duas turmas: a primeira para a população em geral e a segunda voltada a pessoas que já estão inscritas no processo seletivo da fábrica de Vargeão.

Ao longo do ano, mais quatro turmas serão abertas, tanto para contratados como para a comunidade. A próxima fase de inscrição acontecerá em julho e o link para os interessados estará disponível no site do SENAI. As capacitações seguem conceitos básicos industriais, envolvendo mecânica, pneumática, automação, produção e operação de máquinas.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destaca que a qualificação de profissionais para a indústria é uma das principais missões da FIESC. “Os cursos são customizados pelo SENAI para formar talentos mais alinhados às demandas da indústria, principalmente no quesito tecnológico, pois o conceito 4.0 que se aplica às fábricas também está presente nas formações oferecidas por nossas entidades”, frisa. “Nossa indústria é moderna, inovadora e surpreendente. É um setor que transforma a vida de mais de 800 mil catarinenses”, acrescenta o presidente da FIESC.

Expansão no Sul

A nova planta industrial de Purina, em Vargeão, terá em sua primeira fase a linha de wet, com produtos úmidos, com tecnologia única e patenteada por Purina, já existente no Brasil na unidade de Ribeirão Preto (SP), que atualmente detém a produção da marca no país. O projeto industrial terá tecnologia exclusiva para produção de pet food e processos voltados à redução de impactos ambientais. As obras iniciaram no primeiro trimestre de 2022 e seguem esse ano com a construção, instalação dos equipamentos e início dos testes de fabricação. A inauguração ocorrerá em março de 2024. A fábrica será totalmente automatizada e com a digitalização implementada antes do início da produção, com a tecnologia patenteada e desenvolvida nos últimos anos pela Purina.

Questionado sobre a escolha de Santa Catarina para a instação da novo complexo, Gustavo Bastos, vice-presidente Judírico e de Assuntos Públicos da Nestlé Brasil, disse que vários fatores contribuíram para confirmar a vinda para o Estado, mais especificamente o Oeste. “Primeiro que Santa Catarina tem uma qualidade de vida excelente e a localização estratégica também é importante. Estamos perto de duas matérias-primas importantes, para o nosso negócio de alimentação para cães e gatos, que são as proteínas animais e os grãos. Além disso, Santa Catarina tem bons profissionais e existe um canal de fluxo fácil para o escoamento da nossa produção pelos portos, porque a nossa fábrica de Vargeão vai exportar muito”, disse Gustavo.

Crescimento do mercado Pet
A nova unidade será construída para atender à crescente demanda dos mercados interno e externo por alimentos úmidos para cães e gatos, acelerar o crescimento da companhia e ajudar a consolidar o Brasil como uma importante plataforma de exportação para outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa. A nova fábrica vai gerar valor para as cadeias produtivas da região com o aumento da demanda por insumos da agroindústria existente, tanto por proteína animal quanto no consumo de grãos, insumos essenciais para o setor de pet food.