Governo de SC transforma a realidade de estudantes através dos CEJAs
Foto: Divulgação/SED
As aulas dos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) do Governo de Santa Catarina são uma virada de chave para os estudantes que as frequentam. Somente neste ano, mais de 22 mil estudantes se matricularam na modalidade Educação de Jovens e Adultos, da alfabetização ao ensino médio.
Os CEJAs são escolas específicas para atender jovens, adultos e idosos que nunca estudaram ou não tiveram oportunidade de concluir a educação básica anteriormente. Ao todo, são 40 unidades que atendem 197 municípios, com matrículas abertas ao longo de todo o ano. A idade mínima para se matricular no CEJA é de 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 para o Ensino Médio. Os interessados devem ir presencialmente nos endereços mais próximos.
Como parte da matriz curricular do ensino médio, os CEJAs também oferecem qualificação profissional, com cursos voltados ao interesse do estudante como: Língua Portuguesa para Estrangeiros, Assistente Administrativo, Assistente de Recursos Humanos, Operador de Computador, Assistente Financeiro, Costureiro Industrial do Vestuário, entre outros.
Antes e depois dos CEJAs
Os CEJAs possibilitam que os estudantes realizem a conclusão do ensino básico, considerando tempo e carga horária diferenciados e permitindo sua qualificação. Um exemplo disso é Elisângela Kruger, de 40 anos, do CEJA de Ituporanga. Atualmente, ela trabalha como cuidadora de idosos, sonha em cursar fisioterapia e vê a EJA como um passo importantíssimo para o seu futuro. “Minha vida antes do CEJA era um olhar sem futuro, só ia para o trabalho e voltava para casa. Agora tenho planos”, conta.
A trajetória de Júlio César Bugmann também foi transformada pelas aulas do CEJA de Blumenau. Com baixa visão, ele ingressou no projeto com o objetivo de ressignificar sua vida profissional. Júlio concluiu o Ensino Médio e já está na 6ª fase de Psicologia, aos 60 anos, com 100% do curso pago pelo Governo de Santa Catarina. ”Hoje já vejo a condição de me recolocar no mercado de trabalho, apesar da idade”, comemora Júlio.
De estudante a professor do CEJA
Antonio Lourenço Pinto, de 57 anos, tinha cursado somente os anos iniciais do ensino fundamental até 2007, quando decidiu entrar no CEJA de Florianópolis. Lá, finalizou o Ensino Fundamental e o Médio. Logo após a conclusão, passou no vestibular, realizou graduação e mestrado em Ciências Biológicas e hoje é professor do CEJA de São José.
“Se não fosse o CEJA, eu não teria realizado o meu sonho de voltar a estudar. O CEJA será sempre a referência. Quero poder retribuir um pouco de muito que recebi desta modalidade de ensino, com o dever de não oferecer a eles somente a complementação do ensino regular, mas acolhimento, motivação, encorajamento, para seguir na luta por um curso de graduação”, destaca Antônio.