Um dos maiores investimentos em infraestrutura do Governo de Santa Catarina na região serrana está prestes a sair do papel.

Com o processo licitatório concluído, a empreiteira definida e as licenças ambientais liberadas, a ordem de serviço para a construção de três novas pontes na Coxilha Rica deve ser entregue ainda em setembro.

A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 27 de agosto, durante uma reunião entre o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, João Alberto Duarte, e o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Wanderley Agustini.

A construção das três pontes corresponde à primeira etapa da implantação e pavimentação da rodovia da Coxilha Rica, que será denominada de SC-390. Todo o projeto prevê 42 quilômetros de asfalto e está orçado em R$ 82 milhões.

As novas pontes serão erguidas sobre os rios Sanga Tatetos, Pelotinhas e Arroio Penteado, com investimentos de R$ 3,5 milhões do Estado. A obra será executada por uma empresa de Florianópolis, vencedora da licitação.

Paralelamente, o Governo negocia com o 1º Batalhão Ferroviário do Exército, sediado em Lages, a execução da segunda etapa, que consiste na pavimentação do trecho de 27 quilômetros partindo da BR-116, na localidade de Vigia.

As demais etapas, que levarão o asfalto até a localidade de Bodegão (acesso à futura Usina Paiquerê), passando por Escurinho e São Jorge, serão executadas na sequência, mas ainda sem prazos definidos.

Asfalto vai impulsionar a economia e desenvolver a Coxilha Rica

A implantação e pavimentação asfáltica da rodovia SC-390 na Coxilha Rica vai impulsionar de vez a economia daquela histórica região, por onde há mais de 200 anos passavam as tropas de gado que eram levadas do Sul ao Sudeste do Brasil.

Três segmentos devem se desenvolver com a rodovia. O primeiro é a agricultura, deve passar rapidamente dos atuais quatro mil para 20 mil hectares plantados.

Outro segmento é o da geração de energia elétrica, uma vez que o asfalto irá da BR-116, uma das maiores rodovias do Brasil, até o acesso à futura Usina Hidrelétrica Paiquerê, um investimento estimado em R$ 1 bilhão e que finalmente deverá sair do papel.

O terceiro setor é o turismo, já que a Coxilha Rica é procurada por muitos visitantes do mundo inteiro, especialmente europeus, em busca de contato com os históricos corredores de taipa, casarões centenários e belezas naturais em abundância.

Dados gerais da rodovia

* Largura da pista: 6,5 metros (7 metros nos trechos urbanos)

* Largura do acostamento: 1,5 metro

* Largura da calçada nos trechos urbanos: 1,5 metro

* Velocidade de referência: 60 km/h (40 km/h nos trechos urbanos)

* Implantação de três trechos urbanos na igreja da Vigia, em São Jorge e no Bodegão

* Largura da faixa de domínio do Deinfra: 40 metros no total

* Implantação de passa-fauna e passa-gado ao longo do trecho

* Paradas de ônibus a cada 1,5 km com abrigos nos trechos urbanos

* Das cinco pontes existentes, três serão novas (Sanga Tatetos, Rio Pelotinhas e Arroio Penteado)

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Pablo Gomes
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