A Controladoria-Geral do Estado está consolidando um novo modelo de auditoria da folha de pagamento, a maior despesa do Executivo, cerca de R$ 16 bilhões ao ano. A nova metodologia trouxe economia de cerca de R$ 12 milhões para o Estado a partir do seu projeto piloto, iniciado em setembro de 2022 junto a seis órgãos e expandido gradativamente aos demais órgãos do Estado.

“A CGE vem investindo em modernização tecnológica dos processos com foco na prevenção. O objetivo é evitar erros e irregularidades de forma a reduzir gastos, além de torná-los mais eficientes”, destaca o controlador-geral Marcio Cassol.

Inovação – O novo modelo é baseado em trilhas de auditoria. Estas trilhas submetem regras pré-estabelecidas à base de dados dos contracheques de 170 mil servidores, incluindo aposentados e pensionistas. Uma das trilhas, por exemplo, indica possíveis casos de recebimento de abono permanência a servidores já aposentados.

Atualmente, a CGE conta com 70 trilhas validadas, que são executadas mensalmente. A execução das trilhas e a comunicação dos achados com as setoriais é feita de forma totalmente automatizada e contínua, o que torna o processo eficiente, eficaz e ágil. Além disso, o novo modelo permite acumular conhecimento dos problemas identificados, permitindo a gestão das informações para aperfeiçoar os processos.

“Executamos trilhas diretamente dentro de um sistema de comunicação que encaminha as inconsistências aos setoriais de gestão de pessoas, permitindo uma melhor gestão dos problemas identificados”, explica o auditor Aginolfo José Nau Junior, gerente de Auditoria de Pessoal da CGE.  O projeto de auditoria contínua tem a meta de chegar a 2026 com a análise de 100% das transações da folha de pagamento. Atualmente, o índice é de 55%.