Governador visita arcebispo para tratar da restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis
A restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis foi o principal assunto do encontro entre o governador Eduardo Pinho Moreira, o arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, e o presidente da Comissão Especial da Restauração da Arquidiocese, Roberto Bentes, nesta segunda-feira, 10 de setembro, em Florianópolis. A restauração da Catedral começou em 2005, num projeto de sete fases, das quais seis estão concluídas. O arcebispo Dom Wilson solicitou apoio para que o Estado continue com o projeto de restauração da Matriz, concluindo assim a sétima e última etapa da obra.
“Não podemos dar as costas a um símbolo e patrimônio cultural. A Catedral Metropolitana é uma referência do catolicismo e precisa ser preservada. Estamos num momento delicado da administração pública, onde temos certas restrições devido ao processo eleitoral. Passando este período certamente o Governo do Estado será parceiro desta última etapa de restauração da Catedral”, afirmou Eduardo Pinho Moreira.
A Catedral é um patrimônio municipal e estadual e a restauração procura recuperar a originalidade de cada peça e de cada espaço dentro dela. Já foram recuperados as coberturas e as estruturas, a área externa, fachada, feitos o controle de umidade e a iluminação externa. Também foram instalados aparelhos de ar condicionado e câmeras de segurança na parte interna e externa da Catedral. Além do novo sistema de iluminação e sonorização que teve o cuidado de preservar a arquitetura sem danificar o contexto histórico do prédio.
A sétima fase da obra contempla a parte interna da Catedral, restauração das imagens sacras, dos sinos e dos acessos à torre. Etapa orçada em R$ 5,8 milhões. De acordo com o presidente da comissão especial de restauração da Matriz, o patrimônio precisa ser preservado para que a história seja mantida.
“Um patrimônio como este precisa ser cuidado e restaurado. Terminada a última fase a Matriz será entregue e o patrimônio será conservado voltando a ser o que era no século passado”, afirmou Roberto Bentes.
O Governo do Estado realizou a restauração de mais três igrejas mantidas como patrimônios estaduais. A Igreja Matriz de São José, a Matriz Nossa Senhora da Lapa e a Igreja de São Francisco.
História
Em 1678 a pequena vila de Nossa Senhora do Desterro ganhou uma capela. O prédio foi construído por Francisco Dias Velho, fundador da cidade. Em 1748, a Matriz Catedral de Nossa Senhora do Desterro era então projetada pelo primeiro governador da antiga capitania, José da Silva Paes. O prédio passou por diversas reformas. Uma das maiores foi realizada em 1922, por Dom Joaquim. A Catedral é tombada como patrimônio histórico estadual e municipal. A igreja abre diariamente para a missa das 6h30 e fecha à noite, após a celebração das 19h15.