Governador Raimundo Colombo participa da formatura de 362 soldados da Polícia Militar
A Polícia Militar de Santa Catarina passa a contar com 362 novos soldados a partir desta sexta-feira, 10. A formatura, em Florianópolis, contou com a presença do governador Raimundo Colombo.
Foto: James Tavares / Secom
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“Além do preparo físico, emocional e da técnica, a carreira militar exige doação, comprometimento e senso de justiça. O policial precisa ser a voz e a vez de quem não as têm e cumprir uma missão nobre, que é fazer com que a sociedade se reencontre nas coisas do bem”, salientou o governador.
O curso de formação dos novos soldados foi realizado nos batalhões de Florianópolis, Lages, Joinville, Blumenau e Balneário Camboriú durou nove meses e foi orientado pela nova filosofia da Segurança Pública, voltado para a defesa do cidadão e da sociedade. A concepção de polícia em prol dos direitos humanos é estabelecida pela Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp). Durante o curso, os soldados tiveram instrução, participaram de estágios, escalas de serviço e diversas operações no campo da segurança.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Cesar Augusto Grubba, informou que de 2011 até agora, já foram realizados 22 concursos públicos com a homologação de cinco mil inclusões de servidores que assumem diferentes funções em todas as categorias de serviços prestados pela Segurança Pública. “Ainda esse ano, depois de concluídos os ajustes para o lançamento de mais um edital de concurso, deverão ingressar na corporação outros 658 soldados”, completa Grubba.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, destacou que paralelo à autoridade policial há valores de honestidade e correção que devem conduzir o trabalho dos militares. “O policial não é planejado como um robô, tem sentimentos que devem apontar sempre para a proteção coletiva, mas respeitando a individualidade de cada um”, disse o comandante ao dar boas vindas à nova turma.
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Os novos soldados vão atuar em 11 regiões operacionais da Polícia Militar, em 56 municípios catarinenses. A lotação é definida seguindo critérios de quantidade do efetivo, população e número de incidência criminal.
Soldado morto em serviço por disparo acidental é homenageado como nome de turma
Todas as turmas que encerram o curso de formação escolhem um nome para identificar o grupo. Os formandos desta sexta-feira escolheram o cabo Leandro Rodrigo Niches. Natural de Florianópolis, Niches se formou como soldado da PM de Santa Catarina em setembro de 2006 e dois anos depois ingressou no Pelotão de Patrulhamento Tático do batalhão de São José. Ao longo da carreira foi reconhecido por atuar, com êxito, em diversas ocorrências relacionadas a roubo, tráfico de drogas e homicídio.
Em novembro de 2011, durante uma abordagem, ao se agachar, a arma que ele utilizava caiu do coldre e disparou acidentalmente contra ele. Niches não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo aos 26 anos. O pai e a irmã do soldado foram homenageados durante a formatura da turma.
Formandos comemoram conclusão do curso para ingresso na PM
O soldado recém formado, Felipe André Fernandes Dias, tem motivos de sobra para comemorar. Além da formatura, Dias concluiu o curso com a média 9,8 – a mais alta da turma e recebeu o certificado das mãos do governador Raimundo Colombo. “É uma satisfação em dose dupla. Estou muito feliz com o resultado e por ter conquistado o sonho de exercer a carreira militar”, comemora o soldado.
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A colega de turma, Aline de Medeiros, também não escondeu a alegria por ter alcançado não só a conclusão do curso, mas a realização profissional. “Sou formada em arquitetura, mas sempre tive o sonho de ser policial militar. Agora não troco de profissão de jeito nenhum”, afirma.
Formatura inspira novas gerações
Ainda no colo da mãe, a pequena Danielli Bilck Mello, 2 anos, acompanhou a formatura no Centro de Ensino da Polícia Militar, vestida à caráter com a farda da PM. A tradição militar está na família, onde o avô e o pai, Mateus dos Santos Mello, são policiais.
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O incentivo, segundo Mello, não é à toa, o pai não esconde o desejo de que a filha escolha pela mesma profissão. “Gostaria muito de ver a história se repetir, mas dessa vez compartilhando do sentimento que meu pai teve ao me ver formado”, projeta o pai da menina.
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Francieli Dalpiaz
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