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Governador Raimundo Colombo inaugura nova subestação da Celesc em Papanduva

O governador Raimundo Colombo, junto do presidente da Celesc, Cleverson Siewert, participou da inauguração da subestação Papanduva, no Planalto Norte de Santa Catarina. A obra de R$ 30 milhões representa o maior investimento individual da companhia dos últimos 18 meses e dará mais confiabilidade ao fornecimento de energia elétrica para os municípios de Papanduva, Santa Terezinha, Monte Castelo, Major Vieira e Itaiópolis. Para o governador, o novo sistema será fundamental para o desenvolvimento da região.

 

“Energia elétrica é indispensável na atração, por exemplo, de novas empresas” disse o governador. Ele afirmou também que a comunidade vinha sofrendo com frequentes interrupções no abastecimento e que, a partir de agora, esse problema será superado. “Daqui pra frente, a região vai viver um período muito mais favorável para crescer e se desenvolver”, acrescenta Colombo.

A nova subestação está instalada em alta tensão (138 kV) e com capacidade de 26,6 MVA. Isso significa dizer que o fornecimento de energia seria suficiente para atender 26 mil unidades consumidoras, como possui uma cidade do porte de Mafra, também no Planalto Norte. A linha de transmissão conecta a nova unidade à subestação Canoinhas, o que permite o remanejamento de carga – transferência de energia de uma rede para outra – em caso de um desligamento não programado no sistema elétrico.

O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, falou que a obra incrementa, ao mesmo tempo, o potencial energético e econômico da região. A nova unidade está estrategicamente construída na área industrial do município. Próximo a ela, empresários e agricultores desenvolvem atividades que movimentam a economia de todo o Planalto Norte.“É essencial que esses consumidores recebam um serviço de qualidade e, principalmente, confiável”, destaca Siewert.

Com a entrada em operação da nova subestação, o Planalto Norte passa a ser atendido por três subestações de alta tensão e outras seis unidades de média tensão (34,5 kV).

inauguracao subestacao 20141209 1470512974Participaram do ato, além do governador e presidente da Celesc, o secretário regional de Canoinhas, Ricardo Pereira Martin; secretário regional de Mafra, Abel Schroeder; deputado estadual Antônio Aguiar; prefeito de Papanduva, Dário Schicovski; além de diversas autoridades de toda região.

Cresce demanda de energia elétrica na produção agrícola

São Tomaz é uma pequena localidade do interior de Papanduva onde vivem aproximadamente 300 famílias. A maioria delas se dedica ao plantio de fumo, como na propriedade de seu Edenilson Maier. Na safra desse ano, o agricultor deve colher 11 toneladas. Segundo ele, é um bom resultado, se não tiver mais prejuízos por causa das constantes faltas de luz que vinha enfrentando.

Antes da nova subestação, o município de Papanduva era atendido por um alimentador menos potente, a partir da subestação de Mafra. Por isso, o sistema não dava conta de atender as necessidades de consumidores como o agricultor.

Por outro lado, a produção se modernizou. Na propriedade de seu Edenilson, o processo de secagem do fumo hoje é feito por meio de estufas elétricas. Cada porção de aproximadamente 1,4 mil quilos necessita de 96 horas constantes na estufa a altas temperaturas. Qualquer interrupção significa perda na qualidade do fumo. As folhas mudam de cor, não atingem o padrão de qualidade e são rejeitadas pela indústria.

Só no ano passado, o agricultor calcula que teve um prejuízo de cerca de R$ 15 mil por conta da precariedade no sistema de energia elétrica que chegava à propriedade. “É muito ruim trabalhar com essa insegurança, o sustento da minha família vem do trabalho que faço na lavoura, dependemos dessa atividade para viver”, informou o agricultor, que a partir de agora espera mais tranquilidade para produzir e colher bons frutos.

Produção industrial também enfrentava problemas

Empresários que têm unidades de produção na área industrial de Papanduva relataram a mesma dificuldade no abastecimento de energia elétrica para executar as atividades de rotina. Edson Dimer, que trabalha com a produção de embalagens plásticas, conta que a empresa acumulou, no ano passado, 50 horas sem luz, período suficiente para impactar de forma negativa nas contas e nos cronogramas da empresa.

“Foi um ano de muitos prejuízos. Um segundo de falta de energia elétrica, compromete toda a nossa produção porque as máquinas demoram pra retomar o ritmo do sistema”. Segundo Dimer, as interrupções, além de frequentes, chegaram a durar até seis horas, os funcionários ficavam parados e foi preciso muita habilidade para justificar atrasos na entrega dos pedidos para não perder clientes.

Situação semelhante viveu outro empresário da área industrial de Papanduva: Laucio Evaristo, que fabrica mantas de poliéster para produção de roupas de cama. Segundo ele, era complicado trabalhar com tanta oscilação no abastecimento de energia elétrica. O empresário chegou a instalar um gerador próprio, mas como a falta de luz muitas vezes durava períodos prolongados, a produção também chegava a ser suspensa.

Os dois empresários acreditam que agora será possível conduzir as atividades sem os prejuízos relacionados à falta da eletricidade. Para proprietários de empresas tradicionais, há décadas no mercado, a expectativa é manter os serviços em pleno ritmo e continuar contribuindo para o crescimento econômico da região.

{article Sérgio Teixeira da Silva – SDR de Canoinhas}{text}{/article}