“Os especialistas na região de Videira são as pessoas que residem aqui”. Essas foram as palavras do secretário de Planejamento, Murilo Flores, que abordou Desenvolvimento Regional, na noite desta terça-feira, dia 22, no Auditório da Unoesc Videira, durante a segunda noite do Ciclo de Palestras Estratégicas. Na apresentação, o secretário reforçou que o Estado precisa ouvir a comunidade para entender quais as vocações regionais e as potencialidades.

“Nosso propósito é regionalmente discutir as cadeias produtivas, entender quais os gargalos da economia e tentar agir caso a caso. O ciclo antecede essa iniciativa, pois visa aproximar o Governo de Santa Catarina da sociedade e apresentar as políticas de Estado disponíveis” afirmou Flores.

O secretário de Planejamento ainda apresentou dados relativos aos índices catarinenses, separados por regiões. Ainda com base nos dados estatísticos, Murilo Flores informou sobre as regiões de intervenções, que analisados dados de renda, evasão populacional e geração de empregos, apontaram que 83 municípios de 12 Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) necessitam imediatamente de iniciativas do Estado, caso contrário, toda Santa Catarina poderá ser abalada com reduções de índices e média de qualidade de vida.

A iniciativa, segundo Flores, concentra-se na mobilização da população em prol de uma gestão participativa. Segundo ele, as pessoas precisam resgatar os planos e projetos construídos para a região, discutir aonde quer chegar e passar a agir em torno dessas iniciativas. “O Estado deve servir as regiões e, para isso, a sociedade civil organizada precisa se mobilizar, participar e cobrar”, afirmou.

Após o secretário de Planejamento, quem palestrou foi o secretário adjunto de Segurança Pública, Aldo Pinheiro D’Ávila, que relatou a realidade do setor no Estado e as dez ações estratégicas da Segurança Pública. Com referência ao segmento, D’Ávila relatou que são 18 mil servidores em dez unidades administrativas, com 450 quartéis da Polícia Militar, 360 unidades da Polícia Civil, 40 núcleos de perícias e 120 quartéis do Corpo de Bombeiros.

As ações estratégicas incluem recomposição do efetivo nas instituições; repasse de kits de proteção individual para os agentes de segurança composto por pistolas, coletes balísticos, algemas, tonfas e cintos de guarnição; novas viaturas policiais; implantação de radiocomunicação digital de fronteira e no litoral; melhoria nas instalações físicas; centrais de videomonitoramento; tecnologia de ponta no Instituto Geral de Perícias; ações de fronteira, agilidade nos processos de leilões de sucatas veiculares; e avanço na aviação em prol da Segurança Pública.

Os dados regionais também foram apresentados. Segundo D’Ávila, as viaturas na Regional de Videira tiveram uma melhoria significativa, sendo que a Polícia Militar possui 16, Polícia Civil outras 13, 18 para os Bombeiros e um para o IGP. No sistema de videomonitoramento, a regional possui 22 câmeras, sendo seis em Tangará e outras 16 em fase de instalação.

O secretário ainda mencionou a importância desses encontros. “Em se tratando de segurança pública, as informações negativas são divulgadas constantemente, e as positivas, que felizmente são muitas, dificilmente se transformam em notícia. Esse encontro serve para que o Governo do Estado possa divulgar as iniciativas, as políticas de governo, as estratégias que estão sendo seguidas e para ouvir da comunidade, qual a expectativa” afirmou.

A segunda noite do Ciclo de Palestras Estratégicas contou com a participação de mais de 150 pessoas, oriundas de todos os municípios da região. Para o secretário regional, Dorival Carlos Borga, as palestras estão sendo muito produtivas “As duas palestras desta segunda noite do ciclo foram muito interessantes. Queremos agradecer todas as pessoas que estiveram participando e reforçar a cobrança para que as autoridades regionais passem a integrar também esse movimento”, finalizou Borga, destacando que o próximo encontro se dará no dia 29 de setembro, às 19h, no Auditório da Unoesc, com as presenças do secretário de Estado de Saúde, João Paulo Kleinübing, e o presidente da Celesc, Cleverson Siewert.

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