A 11ª edição do EDUCASUL foi realizada nos dias 10 e 11 no Centrosul em Florianópolis. O propósito foi debater o direito dos educandos e os currículos da educação básica expondo propostas e desafios. Em Santa Catarina, existe uma grande mobilização neste sentido e as discussões do Educasul terão grande relevância neste processo, na opinião do secretário de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, que participou da abertura do evento. “A base vai influenciar na organização da escola, no processo pedagógico, na formação dos professores e na avaliação”.  

Conforme a gerente Regional de Educação, Marina Bianchi, participaram 14 professores de escolas estaduais dos cinco municípios. Segundo Marina, o Governo do Estado pagou as despesas de inscrição no evento e o deslocamento. “Todas as escolas da rede pública estadual dos cinco municípios que integram a SDR Itapiranga foram convidadas e puderam indicar um professor para participar do congresso”.

O EDUCASUL foi marcado pela presença de educadores de renome nacional. Entre eles, o coordenador-geral do Ensino Médio do MEC, Prof. Ricardo Magalhães. Ele falou sobre a Base Nacional Comum, que deverá estar pronta em julho do ano que vem e está em fase de discussão. “Não estamos negando tudo aquilo que foi construído até agora, mas temos que reunir ao máximo os anseios dos educadores, dos pais e dos próprios estudantes”, completa.

A palestra do Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Corte, apresentou números levantados no meio educacional. Um dos dados que foi apresentado é a falta de interesse dos estudantes, revelado por uma pesquisa feita pelo Banco Mundial que ouviu sete milhões de professores da América Latina e do Caribe. Em média, o professor consegue manter os alunos envolvidos somente 25% do tempo da aula. “O tédio está generalizado, não estamos sendo capazes de prender a atenção do aluno, isso merece uma grande reflexão”, disse Corte.

As discussões do Educasul foram encerradas com a palestra da educadora Jaqueline Moll, idealizadora do programa Mais Educação, do Governo Federal, que é considerado o embrião da educação integral no Brasil. Ela também foi responsável por coordenar a implantação da iniciativa, que hoje está presente em 1.282 cidades nos 26 Estados, além do Distrito Federal. “Estou convencida de que todas as discussões que envolvem educação precisam passar pelos alunos, eles precisam fazer parte deste processo. O direito mais fundamental do ser humano é do de dizer sua palavra”, disse.

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Vandro Luís Welter
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