Foto: Assessoria de Imprensa/SED

Durante a terça-feira, 21, profissionais que atuam nas escolas que oferecem o novo modelo de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Emiep) de Técnico em Informática estiveram em Florianópolis em formação continuada. Da Gerência de Educação da Regional de Dionísio Cerqueira participaram a gerente de Educação Tânia Gasperin dos Santos e as servidoras Michelle Pertel e Ivete Bassani. É o último grande encontro do ano e tem como objetivo socializar os projetos desenvolvidos nas escolas envolvidas durante este ano letivo com as que disponibilizarão o curso em 2018.

“Queremos promover a discussão visando à integração da educação básica à profissional no fazer diário das escolas, assim como refletir sobre os projetos desenvolvidos durante este ano letivo nas escolas envolvidas”, explica a diretora de Gestão da Rede Estadual, Marilene Pacheco.

O encontro iniciou com a palestra do professor e pesquisador, Simon Schwartzman, sobre Educação Média Profissional no Brasil: Situações e Caminhos. “A educação técnica profissional é uma opção do Ensino Médio e garante a formação ampla por meio dos conteúdos comuns da BNCC. Os cursos abrem espaço para outras formas de trabalho com mais autonomia e melhora o desempenho dos alunos. É uma grande oportunidade aos jovens”, destaca Schwartzman.

Na sequência, os gestores escolares das quatro escolas que receberam o novo modelo de Emiep este ano se reuniram em mesa redonda para apresentar o seu trabalho no projeto. O primeiro a falar foi o diretor da escola Eng. Annes Gualberto, Edson Machado Miguel. Segundo ele, o grande diferencial do programa é o apoio pedagógico Itaú BBA e do Senai nesta parceria com a Secretaria de Estado da Educação. O diretor da escola Elza Mancelos, Nelson Pereira Matias, de Guarujá do Sul, se sente lisonjeado e agraciado pela sua equipe. “Queremos aumentar o Ideb e formar bons profissionais. Realizamos nosso planejamento semanal e as consequências são bons frutos que estamos colhendo”, evidencia.

Para o diretor da Escola Professor Olavo Cecco Rigon, Sergio Cordeiro Righi, de Concórdia, a matriz é o grande atrativo e permite ao aluno estudar onde e quando quiser, o que mantém os estudantes sempre estimulados. Já para a diretora da Escola São João Batista, Lenize Cecília Gava Borghetti, de São Miguel do Oeste, o maior desafio foi o pedagógico. “Em junho, detectamos que muitos alunos precisavam melhorar suas notas e nos reunimos para traçar um novo plano de trabalho. Conseguimos os resultados e estimulamos nossos alunos”, comenta.

O encontro contou ainda com palestra do Camila Tribess, do Instituto Ayrton Senna, intitulada Projeto de Vida e socialização dos projetos por parte dos coordenadores e professores dos cursos das diferentes escolas ofertantes do Emiep com o curso de Informática.

Sobre Emiep curso de Informática

O novo modelo de Ensino Médio Integrado a Educação Profissional teve início neste ano de 2017 em quatro escolas catarinenses: Professor Olavo Cecco Rigon, de Concórdia; Elza Mancelos de Moura, de Guarujá do Sul; Engenheiro Annes Gualberto, de Imbituba; e São João Batista, de São Miguel do Oeste.

“Já ofertamos diferentes modelos de Ensino Médio, mas que ainda não estão alinhados com a reforma do Ensino Médio. Entre os principais pilares da reforma estão: a flexibilização, que trabalha as diferentes trajetórias; a articulação com educação profissional preparado para escolher os caminhos que deseja, seguir ensino superior ou o mundo do trabalho; o tempo integral e a educação integral. O novo Emiep trabalha tudo isso e tem apresentado bons resultados”, destaca o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps.

No caso do novo Emiep, as mudanças implementadas em Santa Catarina vieram a partir de conversas com profissionais da escola, sendo a carga horária e a falta de conversa entre as disciplinas o grande desafio. A segunda escuta foi uma pesquisa de oferta e demanda da educação profissional em SC. “A partir daí, convidamos o Itaú BB para trabalhar conosco, sem custo, para construir novos desenhos. Por isso, construído com mudança na carga horária e no conteúdo ofertado. Mesmo implantado este ano, nada esta fechado e sugestões podem ser apresentadas. É preciso encarar o Emiep de Técnico em Informática como uma grande oportunidade e não como uma obrigação. Estamos avançando e vencendo cada processo cumprindo cada uma das propostas feitas. E hoje, com a socialização dos projetos, percebemos o grande trabalho feito em cada escola”, finaliza Deschamps.

O currículo deve contemplar as diferentes áreas do conhecimento, tendo como foco a formação humana integral, bem como a educação profissional, possibilitando ao jovem identificar-se com uma profissão e acessar ao mudo do trabalho com maior clareza quanto às potencialidades e responsabilidades. O Ensino Médio Integrado a Educação Profissional de Técnico em Informática integra o movimento de construir percursos que integram o currículo da Base Nacional Comum Curricular à Formação Técnica e Profissional.

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