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Florianópolis vai alugar estação de tratamento de esgoto para avançar no saneamento

Foto: Acervo CASAN

A locação de ativos é uma das pautas colocadas em prática pela atual gestão da CASAN como uma das medidas para angariar recursos. O modelo nada mais é do que a companhia de saneamento entrar com a cessão do terreno para uma empresa privada investir na construção da estação de tratamento. Após 20 anos de operação, sob a supervisão da CASAN, o parceiro comercial devolveria o ativo para a companhia após a recuperação do investimento feito no empreendimento.

A locação de ativos é uma das alternativas para que o Estado tenha fundo de caixa e atinja 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos até 2033, conforme determina o Marco Legal do Saneamento.

No caso de Florianópolis, por exemplo, para ampliar o serviço de esgotamento sanitário oferecido à população da Capital e atingir a meta nos próximos quatro anos, o plano é construir mais quatro ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto). Enquanto a parceria comercial é costurada, a CASAN promete entregar em agosto a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) dos Ingleses e Santinho, que está há seis anos em obras.

A obra chegou a ser paralisada por cerca de 5 meses em 2021 por conta de um problema judicial com uma das empresas de engenharia. O custo da ETE está em torno de R$ 107 milhões, valor financiado junto à Jica (Agência Japonesa de Investimentos). Assim que estiver em operação, o equipamento terá capacidade de tratar 105 litros de esgoto por segundo em nível terciário. São 58 quilômetros de rede instalada, além de estações elevatórias.

Outra frente é a Estação de Tratamento Insular de Florianópolis, que passa por ampliação para aumentar a capacidade de tratamento de esgoto de 296 litros por segundo para 612 L/s. Atualmente 75,98% das edificações da área urbana da Capital possuem esgoto tratado nas ETEs. A expectativa da Companhia é estender a infraestrutura de saneamento para 91,88% da população urbana até 2025.