Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles será aberta dia 9 de maio no Masc
Cosmografia de Amanda Melo da Mota Silveira ficou com a primeira colocação
Já está definida a data para a abertura da exposição com as obras vencedoras do 11º Salão Nacional Victor Meirelles. No dia 9 de maio, às 19h, os trabalhos dos 25 artistas selecionados serão colocadas para a visitação do público, com entrada gratuita, no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc).
Dos trabalho selecionados entre os 560 inscritos de todo o país, destacaram-se as obras fotográficas Cosmografia, de Amanda Melo da Mota Silveira (SP); e Não consigo respirar e Pavor Negro, de Sérgio Adriano Dias Luiz (SC), respectivamente primeira e segunda colocadas, que receberão o prêmio de aquisição no valor de R$ 20 mil.
A exemplo das edições mais recentes do Salão, nesta dois artistas serão homenageados com salas dedicadas especialmente às suas obras: João Otávio Neves Filho, o Janga (1946-2018); e Carlos Asp. A curadoria da exposição é assinada por Juliana Crispe.
:: Artistas participantes
Amanda Melo da Mota Silveira (São Paulo-SP)
Sérgio Adriano Dias Luiz (Joinville-SC)
Carlos Asp (Viamão-RS)
Antônio João Gonzaga Amador (Rio de Janeiro-RJ)
José Bruno de Faria Neto (São Paulo-SP)
Lia Vaquer Cunha (Salvador-BA)
Djuly Francine Gava de Almeida (Florianópolis-SC)
Ana Emilia Jung (Curitiba-PR)
Luiza Baldan (Noise Produção Fotográfica e Cultural Ltda) (Rio de Janeiro-RJ)
Brunna Emanuella Ottoni Ferraz (Brasília-DF)
Bruno Novaes (São Paulo-SP)
Jan Moraes Oliveira (Joinville-SC)
Noara Quintana (Florianópolis-SC)
Luana Assis Navarro (Curitiba-PR)
Rafael Black (São Paulo-SP)
Raquel Stolf (Florianópolis-SC)
Mônica Vaz (Belo Horizonte-MG)
Aline Brune Ferraz de Morais (Salvador-BA)
Kaue Lopes Garcia (Campinas-SP)
Franciele Favero (Florianópolis-SC)
Romy Huber Pradi (Itajaí-SC)
Rodrigo dos Santos Zeferino (Ipatinga/MG)
Priscila Rezende (Belo Horizonte/MG)
Rudolfo Auffinger (Joaçaba/SC)
Claudia Zimmer (Blumenau/SC)
Sobre o 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Com inscrições abertas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, esta edição 11º Salão Nacional Victor Meirelles recebeu 560 inscrições vindas de todas as regiões do país, sendo que 406 foram habilitadas para a etapa final e 25 selecionadas como vencedoras. Criado em 1993 e voltado às artes visuais, o concurso realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) tem valor total de R$ 215 mil. As duas obras mais bem colocadas receberão, ainda, R$ 20 mil cada pela aquisição. Foram contempladas proposições de trabalhos artísticos nas modalidades de Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Instalação, Objeto, Performance, Pintura, Videoarte, outras mídias contemporâneas e novas tecnologias.
O Salão homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris, pintou sua obra mais conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Salão de Paris, de 1861.
Sobre os vencedores do prêmio de aquisição
Cosmografia – Amanda Melo da Mota Silveira: a série de cinco fotografias está vinculada a encontros com rezadeiras, coletivo de mulheres e grupos que celebram solstícios e equinócios, realizados nos sítios arqueológicos e monumentos megalíticos da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, ocorridos durante três anos. A pesquisa procurou investigar um dos mais ricos acervos rupestres do planeta, contendo 65 sítios arqueológicos com centenas de inscrições e também dezenas de sítios com pedras orientadas. As pedras, possivelmente serviam como calendários astronômicos aos primeiros habitantes da região, cuja ocupação iniciou-se cerca de 5 mil anos atrás. Algumas dessas inscrições rupestres estão propositalmente alinhadas aos diferentes locais onde o sol nasce nas mudanças de estação. É provável que os povos originários usassem esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e para rituais de fertilidade. As fotografias trazem para hoje as relações de um pensamento mítico, perpassado por narrativas e oralidades estreitamente alinhadas com pensamentos filosóficos do agora, permitem acessar uma realidade via conservação de descobertas transmitidas por ancestralidades perdidas, de geração em geração, em narrativas que não podem deixar de existir para a garantia de transmissão de novos estados de vida.
Não consigo respirar e Pavor Negro – Sérgio Adriano Dias Luiz: com base em um fato histórico altamente significativo, o primeiro marco oficial do descobrimento do Brasil, no ano de 1501, as obras buscam entender como foi o início da colonização do Brasil, desconhecidos por muitos já que a historiografia nem sempre é a verdadeira, e tentar compreender como chegamos até aqui, uma busca pelo descolonialismo. Os livros História do Brasil propõem pensar nas histórias ausentes, no que foi amordaçado, as palavras não ditas, palavras tomadas. Dar voz ao que foi calado. São livros que lidam com as fronteiras entre a história social ocultada e a história que foi apresentada, numa proposta de um “P.S.” (post scriptum).
Sobre os homenageados
João Otávio Neves Filho, conhecido como Janga (1946 – 2018), teve forte ligação com a arte e a cultura, com vasto currículo no campo das artes visuais, curadoria de exposições, crítica, divulgação e promoção da arte catarinense, em especial, a de Florianópolis. Foi o idealizador da galeria de artes Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas em 1985 de Santo Antônio de Lisboa. Também foi membro do Conselho Estadual de Cultura.
Carlos Roberto Carneiro Asp, ou Carlos Asp (1949), é natural de Porto Alegre (RS), onde expôs pela primeira vez suas gravuras aos 17 anos. A maior parte de sua carreira, no entanto, ocorre em Santa Catarina, onde atua há mais de 40 anos. A partir dos anos 1970, participou de exposições e salões de arte em diversas cidades do país. Também foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Serviço:
O quê: Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Abertura: 9 de maio de 2022, às 19h
Visitação: até 3 de julho de 2022. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) – Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Informações adicionais para imprensa:
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Telefones: (48) 3664-2572
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