A exposição “O Cotidiano e o Universal em Valda Costa”, que inaugurou a programação do Novembro Consciência Negra, vai até o dia 5 de dezembro no Espaço Cultural BRDE, em Florianópolis, com entrada gratuita. Ela é uma oportunidade do público  conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra dessa artista, que foi musa de Martinho de Haro, um dos ícones das artes catarinenses, e viveu um efusivo momento de produção artística no Estado entre os anos de 1970 e 1980.

Foto: Saul Oliveira / Secretaria do Turismo

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Estão expostas 30 obras da artista plástica nascida na Coloninha e criada no Morro do Mocotó, na Capital. A maior parte do acervo vem de coleções particulares, mas de acordo com o curador da mostra, Marlon Aseff, seria fácil dobrar esse número diante da vasta produção. Aseff resgatou a história da artista no documentário “Caminhos de Valda” e estima que ela tenha produzido pelo menos 800 telas.

Para a diretora de Projetos Estruturantes da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Ana Paula Cardozo, a exposição é apenas parte do merecido reconhecimento que a artista não teve enquanto era viva. A valorização requerida abrange também o contexto sociopolítico, destaca Márcio de Souza, consultor técnico da Secretaria. “A figura de Valda incorpora toda a trajetória na luta de resistência e pertencimento da presença africana e de seus descendentes em Santa Catarina”, diz.

A abertura da mostra, nesta segunda-feira, 17, teve a participação da cantora Roberta Lira, acompanhada pelo Grupo Samba 7, que entoou cânticos e canções populares de seus ancestrais africanos para render homenagens à Valda e celebrar a importante contribuição da arte de matriz afro à cultura de Santa Catarina e do Brasil.

Programação

A mostra integra a programação do Novembro Consciência Negra, que segue até 29 de novembro, em Florianópolis e São José com atividades, como oficinas de dança, música e literatura, exibição de documentários e filmes seguidos de rodas de conversa em escolas, seminários, shows musicais, mostra de filmes e curtas afro-brasileiros.

No dia 20, em “Celebração à memória de Zumbi dos Palmares”, haverá várias atividades no Palácio Cruz e Sousa a partir das 14h. Para as 17h, estão agendadas apresentações musicais de Anelita Danna, Roberta Lira e Nefferkturu. Às 19h30, lançamento do livro “Um Griot e Dois Orikis”, de Lau Santos, seguido da exibição do documentário “Raça”, do cineasta Joel Zito Araújo. No mesmo dia, às 13h30, no Centro Multiuso de São José, será realizado o Seminário Equidade Racial e Gênero.

As homenagens a Cruz e Sousa, no dia 24, data de seu aniversário, começam com uma solenidade na Praça XV de Novembro, em frente ao busto do poeta, na Capital, e continuam no pátio do Palácio a partir das 17h, com a projeção do filme “Um presente de Fatumbí para João”, de Mayara Macal, show com a banda Aláfia (SP), sarau da poesia negra catarinense e serenata com a participação da Velha Guarda da Escola de Samba Protegidos da Princesa.

A realização do evento envolve a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Prefeitura e Fundação Municipal de Cultura e Turismo de São José, Coletivo Kurima – Estudantes Negros e Negras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Mais informações para a imprensa:
Carla Coloniese
Assessoria de Comunicação 
Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte
Fone: (48) 3665 7436