Exportação de carne suína para o Japão melhora o preço pago aos suinocultores
Os suinocultores catarinenses comemoram a reação do mercado após o início das exportações para o Japão, em agosto. A Coopercentral Aurora Alimentos anunciou na última semana que o preço pago aos criadores na aquisição de suíno vivo subiu 17,4% nos últimos meses. Segundo a empresa essa é a mais surpreendente escalada de recuperação dos preços deste ano. No início de maio o preço estava estabilizado em R$ 2,30 por quilograma de suíno em pé e hoje os criadores recebem R$ 3,00/kg incluída a tipificação (adicional por qualidade da carcaça).
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, acredita que o preço pago ao suinocultor continuará subindo até dezembro devido ao aumento tanto das exportações quanto do consumo interno característico das festas de fim de ano. A entrada da carne suína catarinense no Japão foi autorizada pelo governo japonês em maio deste ano. Em junho, o governador Raimundo Colombo, o secretário João Rodrigues e uma comitiva de deputados e empresários catarinenses estiveram em Tóquio para oficializar a parceria.
Oito frigoríficos de cinco empresas foram habilitados a exportar carne suína: A BRF (com as unidades de Campos Novos e de Herval D’Oeste), Seara (unidades de Seara e de Itapiranga), Pamplona (Rio do Sul e de Presidente Getúlio), da Aurora (Chapecó) e da Sul Valle (São Miguel do Oeste). O primeiro container carregado de carne suína procedente de Santa Catarina chegou ao Japão dia 22 de agosto.
O secretário João Rodrigues ressalta que Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas produzidas por ano no Estado, o mercado internacional consome cerca de 200 mil toneladas.
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Ney Bueno
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