Estudantes do segundo ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Prof.º Celso Rilla ficaram entre os finalistas da edição 2017 do concurso Construindo a Nação, promovido pelo Instituto da Cidadania Brasil, com um projeto de conscientização sobre a doação de órgãos e sangue.

O concurso reconhece e premia projetos de agremiações estudantis que coincidem com a missão do instituto, que é difundir os conceitos de cidadania em todos os segmentos da sociedade. Entre mais de 500 inscritos este ano, o projeto Cooperar para Salvar Vidas, do grêmio estudantil Unidos Pela Vida, da escola de Irati, ficou entre os 18 finalistas.

A ação começou a ser executada em maio, inspirada na história do colega de turma Dener Fausto Smiderle, de 16 anos, que precisou de um transplante de coração ainda criança. Segundo ele, foi uma ação muito legal por parte dos colegas porque é um ato que ainda gera muitas dúvidas e enfrenta muitas barreiras.

“As pessoas não veem muitos transplantes acontecendo, não é muito comum na região e por isso não consideram que uma pessoa pode morrer, mas ainda assim dar a vida para outra. Eu ganhei outra vida, já faz 10 anos que recebi, por isso estou vivo. Se não tivesse recebido, hoje não estaria aqui”, conta Dener.

O professor de filosofia e sociologia da escola, Edson Maria, que acompanhou as ações da turma, avaliou como um grande feito eles estarem entre os projetos mais reconhecidos no país. “Esta turma é bastante participativa e é uma grande conquista deles. Eles realizaram um pedágio, criaram uma página no Facebook, pintaram o muro da escola, promoveram uma palestra muito interessante para esclarecer as dúvidas sobre a doação”, explicou o professor.

Todas as ações foram apresentadas no vídeo inscrito no concurso, que foi produzido pelos próprios estudantes e avaliado de forma pública por meio do site do instituto. Conforme a estudante Laura Geller, de 16 anos, o tema ainda enfrenta certa resistência e disse que se sentiu realizada em promover esse trabalho.

“Foi uma ótima experiência, adquirimos mais conhecimento, pudemos trazer para a nossa comunidade e outras comunidades também um pouco sobre o que é a doação de órgãos e sangue para mostrar a importância disso. Como a gente viveu isso com o Dener, a gente sente o quanto é preciso e quantas pessoas precisam e podem ser beneficiadas com isso”, relata. 

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