O Estado de Santa Catarina conseguiu, junto ao Ibama, o documento que faltava para a retomada das obras na Serra do Faxinal. A notícia foi recebida pelo governador Raimundo Colombo, na manhã desta quarta-feira, 10, durante audiência com a presidente do órgão, Marilene Ramos. O documento foi assinado no mesmo ato e entregue ao governador pela presidente.

“Isso representa uma grande vitória para Santa Catarina e a continuidade de uma obra extremamente importante. Os recursos já estão assegurados e a retomada dos trabalhos será feita imediatamente”, comemora Colombo.

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Para o secretário de Desenvolvimento Regional de Araranguá, Ademir da Silva, a obra que ligará Praia Grande a Cambará do Sul será a chave para o crescimento da região Sul. “Essa obra trará ainda mais desenvolvimento para o Extremo-Sul catarinense, pois dará acesso do Litoral aos Parques Nacionais da Serra Geral e Aparados da Serra. Além disso, contribuirá com o turismo regional”, destacou Ademir da Silva.   

Ademir da Silva enfatizou a importância da participação das lideranças políticas municipais, regionais e estaduais, e da população na conquista desta obra. “O Extremo-Sul está em pleno desenvolvimento e temos que agradecer a todos que estiveram unidos por essa obra. Hoje podemos comemorar, a obra é uma conquista de todos nós”, disse.

O governador explicou que a obra é fundamental para o turismo, para a integração e desenvolvimento econômico das duas regiões. Colombo disse ainda que os recursos são de um financiamento internacional e que a empresa portuguesa Monteadriano Engenharia e Construções será a responsável pela execução da obra. A expectativa do Governo do Estado é concluir os trabalhos em até 18 meses.

Até o momento da paralisação da obra, por conta dos impasses envolvendo a apresentação das medidas de proteção a espécies de fauna e flora existentes no local, foram pavimentados sete de um trecho com 15 quilômetros. Nos oito restantes, está prevista a construção de um elevado para não comprometer a passagem de animais silvestres. Atualmente, a obra está orçada em R$ 63 milhões.

Ainda segundo Marilene Ramos, a partir de agora, por não haver mais interferência na unidade de conservação federal, o acompanhamento ambiental do projeto poderá ser delegado à Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em Santa Catarina.“Felizmente, a notícia é boa, porque o Estado conseguiu cumprir todas as exigências”, disse a presidente do Ibama, Marilene Ramos, ao explicar que o documento entregue nesta quarta-feira é complementar à licença de instalação, já emitida pelo órgão. Trata-se de uma autorização de supressão de vegetação que só foi entregue depois de uma análise criteriosa da apresentação do estudo com informações sobre o que será retirado da natureza e a forma como será compensado.

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