O agricultor Odilon Bastos, que reside no Bairro Araponguinhas, em Timbó, precisou de pouco mais de um ano para realizar a primeira colheita de pitaia em sua propriedade. Com incentivo e apoio do Governo do Estado, através da Epagri, plantou 150 pés da fruta em setembro de 2015, e no início deste ano já pôde iniciar a colheita. 

Além da pitaia, Odilon planta hortaliças, mas foi na fruta que dá em cactos que viu uma maneira diferente de garantir rentabilidade em casa. A ideia do cultivo iniciou com sua filha Márcia Bastos que, desempregada na ocasião, começou a fazer consultas na internet sobre plantas e cultivo. “Durante minha pesquisa, me chamaram a atenção os benefícios da pitaia, que são vários. Então, decidi levar mais a sério essa fruta e mostrei para meu pai”, disse Márcia.

Existe várias espécies da fruta, porém são quatro as mais comercializadas: a branca, amarela, roxa e pink. E Odilon possui as quatro. “A pink, a roxa e amarela não precisa polinizar, mas se fizermos esse trabalho, o fruto fica maior”, enfatiza Márcia. A polinização é feita manualmente, sendo realizada a coleta com um pincel na flor para polinizar a outra. A planta da pitaia só floresce à noite. 

De acordo com Bastos, foi realizado um forte trabalho na primeira etapa com colocação de moirão, roçadas e adubação. O composto da terra é feito a cada quatro meses. A fruta pode pesar até pouco mais de um quilo. “A princípio, nós vendemos a fruta in natura, que é nosso maior foco”, enfatiza. 

Auxilio da Epagri 

Por não ser tão comum o cultivo da pitaia na região e sem saber se a planta geraria frutos em sua propriedade, Bastos procurou auxilio da Epagri.

Conforme o técnico da Epagri de Timbó, Valdomiro Biz, foi entrado em contato com a Epagri de Turvo, sendo que naquela região há uma das maiores produções de pitaia do Estado. “A Epagri autorizou o acompanhamento até Turvo e lá o escritório local acompanhou a visita às propriedades locais. E já nesse dia, Bastos adquiriu as plantas. Assim foi orientado sobre as formas de plantio, adubação e condição”, explicou. 

A Epagri acompanhou o processo desde o início até a colheita. “Como esta foi a primeira safra, ainda não podemos precisar o montante que vai ser produzido na propriedade do Odilon Bastos. Após o encerramento dessa safra, que será por volta da metade de abril, é que poderemos fazer uma avaliação concreta”, enalteceu Biz.

Conforme a gerente de Políticas Socioeconômicas Rurais e Urbanas da Agência de Desenvolvimento Regional de Timbó, Claudia Fontana de Almeida, é satisfatório ver o agricultor familiar produzir com motivação, com cuidado e prazer em cultivar a fruta. “Seu Odilon seguiu todos os passos conforme as orientações do técnico da Epagri. E, com isso, o resultado veio rápido e muito positivo. E eles estão motivados a investir na plantação”, ressaltou.

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