Encontro Fazendário é marcado por otimismo na recuperação da economia
Crise e oportunidade foram palavras de ordem do Encontro Fazendário 2016, evento anual, que reuniu servidores da Secretaria de Estado da Fazenda nesta terça-feira, 15, no teatro Pedro Ivo, em Florianópolis. O palestrante convidado, Ricardo Amorim, mostrou em números que nunca o Brasil cresceu tão pouco quanto nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, acredita em um elevado crescimento após a retomada da confiança no cenário econômico e principalmente político do país.
Foto: Jaqueline Noceti / Secom
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“Quando tivermos a recuperação, ela será muito mais forte do que imaginamos. Disso eu tenho certeza porque existem muitas empresas esperando para investir no Brasil. Somos um grande mercado emergente e quem quer produzir, quer produzir perto de quem vai consumir”, destacou Amorim, considerado o economista mais influente do Brasil de acordo com a revista americana Forbes.
Para Amorim, há muitas oportunidades na crise que a gestão pública deve aproveitar. “É o momento de colocar em ordem o que não seria possível fora dela, como a renegociação da dívida que vocês estão fazendo com a União. Sem crise, ela não aconteceria. Esses momentos fazem a gente tomar decisões difíceis que nos tornam mais fortes para agir depois dela”, finalizou o economista.
O secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni abriu o evento destacando os motivos que levaram Santa Catarina a uma situação privilegiada diante dos demais estados brasileiros nesse momento de retração econômica: “Quando decidimos não elevar carga tributária, não jogamos o peso da estrutura pública para a sociedade catarinense. O reflexo disso é que somos o Estado mais competitivo em termos tributários, tanto que temos uma agenda cheia de investidores buscando informações do Estado”, comentou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio, ressaltou o protagonismo da Secretaria da Fazenda nas decisões do Governo do Estado. Ele destacou a relevância que ganhou no país a “Tese de Santa Catarina”, ação que questiona no Supremo Tribunal Federal a cobrança de juros sobre juros na dívida dos Estados com a União. “Essa é uma renegociação histórica. Nós estamos fazendo da crise uma oportunidade para o Estado”, destacou o deputado.
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