Empresa Ekomposit do Brasil se instalará em Lages e deve gerar 200 empregos diretos
O governador Raimundo Colombo participou, nesta sexta-feira, 23, em Lages, da apresentação do plano de investimentos da empresa Ekomposit do Brasil S.A. O empreendimento que será instalado no município produzirá um compósito inovador para a construção civil e setor de transportes, feito de madeira cultivada e aditivos especiais. O investimento será de R$ 48 milhões e a previsão após a implantação é gerar 200 empregos diretos.
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Colombo disse que o empreendimento é estratégico para o desenvolvimento, vai agregar ainda mais valor e tecnologia à principal matéria prima da região, que é a madeira. “O material que será produzido terá tecnologia de ponta, dando a madeira serrada uma resistência semelhante a do aço, podendo ser utilizada até em estradas de ferro, por exemplo. É um nível de aproveitamento extraordinário. Vai desenvolver todo esse setor gerando empregos e renda. É um grande investimento”, disse Colombo.
Como forma de incentivo, o governador assinou um protocolo de intenções concedendo tratamento tributário diferenciado para a consolidação do empreendimento. O Estado enquadrou a empresa no Programa Pró-Emprego, criado para gerar renda por meio de subsídios a negócios considerados relevantes no contexto socioeconômico.
Também foi entregue a ordem de serviço para a construção da via de acesso à empresa. A obra está orçada em R$ 995 mil. Desse montante, R$ 650 mil serão aplicados pelo Governo do Estado, R$ 345 mil pela prefeitura de Lages, que contratou a empresa que executará projeto. Segundo o prefeito Elizeu Mattos, a obra começará imediatamente.
“A Ekomposit nasce para ser vanguarda de um novo tempo para a indústria de produtos derivados da madeira e recolocar o setor no patamar de importância econômica que sempre teve na história do Estado de Santa Catarina”, observou o presidente da SCPar, Paulo César da Costa.
O empreendimento será instalado no bairro Santa Mônica, às margens da BR-282. A terraplenagem para a construção já está sendo executada. O complexo industrial ocupará um terreno de 180 mil m2. A área fabril será de 17 mil metros quadrados, utilizando tecnologia de ponta e equipamentos de ultima geração.
O presidente da empresa, Sérgio Martini, destacou que os principais concorrentes da empresa estão em Mato Grosso e Amazonas. De acordo com ele, a tecnologia aplicada é capaz de deixar a madeira resistente a ponto de poder competir com o aço. Na área de construção civil, serão feitas vigas estruturais com 12 metros de comprimento. “Os novos compósitos proporcionarão economia, leveza e grandes resistências mecânicas para as mais diversas aplicações”, explicou.
Sobre a vinda da Ekomposit para Santa Catarina, Martini mencionou que um dos principais motivos foi o apoio recebido do Governo Estadual e municipal. “Esse respaldo foi fundamental. Também consideramos as próprias condições de reservas ambientais encontradas na região, além da posição estratégia do município e sua vocação profissional para madeira. Vamos produzir 100 mil metros cúbicos de produtos acabados por ano”, informou, acrescentando que a empresa deve entrar em operação no terceiro trimestre do ano que vem. A mão de obra será totalmente local.
Midilages
No mesmo evento, o governador Raimundo Colombo assinou o convênio referente à liberação de R$ 550 mil da Fundação Catarinense de Amparo a Pesquisa (Fapesc) para a ampliação da estrutura física da incubadora de empresas Midilages, instalada na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). O recurso será aplicado na construção de salas para receber mais sete empresas do ramo de Tecnologia da Informação que aguardam na lista de espera para inserir-se na incubadora. “A região serrana está se tornando competitiva no setor, e o investimento resultará em novos negócios e na ampliação das oportunidades de emprego”, disse o governador.
Nos últimos dez anos, o Governo do Estado investiu R$ 574 mil na incubadora. Nesse período, as 22 empresas instaladas no espaço geraram R$ 2,2 milhões em impostos. Todas elas nasceram de projetos desenvolvidos por acadêmicos da Uniplac, tornando-se negócios inovadores e rentáveis. Segundo o presidente da Midilages, Francisco Pereira, o faturamento atual é de R$ 240 mil por mês.
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