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Embrapa apresenta pesquisa de cultivo de órgãos em animais para transplantes em seres humanos

Fotos: Roberto Zacarias / Secom

A equipe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves apresentou para o governador Jorginho Mello uma iniciativa desenvolvida em Santa Catarina pela instituição. É o projeto de Xenotransplantes, tecnologia aplicada para permitir transplantes de órgãos entre diferentes espécies de animais para seres humanos, reduzindo a fila de espera por um doador e, muitas vezes, salvando a vida de quem não podia mais esperar.

A Embrapa Suínos e Aves é a única Unidade da Embrapa no Estado e está localizada em Concórdia. Entre as linhas de pesquisa, buscam o melhoramento genético. Uma destas aplicações é a produção de animais geneticamente editados para xenotransplantes, que é o processo de transplante de órgãos entre diferentes espécies, tais como de suínos para humanos.

O primeiro xenotransplante de um coração de suíno para um humano foi executado em caráter experimental nos Estados Unidos em 2021. No Brasil, já existem iniciativas nesta área com uma primeira Startup que, em 2020, se instalou em São Paulo.

“Essa iniciativa inovadora representa muito para Santa Catarina. Nós temos tecnologia de ponta e somos um estado com excelência na produção de suínos. Sem dúvida seremos parceiros nesse projeto que vai ajudar muita gente. Essa é uma pauta que anima e traz esperança”, avalia o governador.

De acordo com os pesquisadores, com a utilização de técnicas modernas de edição gênica, já é possível adicionar e remover partes do DNA de um animal para que ele produza órgãos livres de fatores e cofatores causadores de rejeição caso seus órgãos sejam aproveitados para transplantes em humanos. Há especial interesse no uso dos suínos para esta finalidade pelo fato de haver grande similaridade do tamanho, fisiologia e metabolismo dos seus órgãos com os dos seres humano, particularmente com respeito à pele, trato gastrointestinal, pâncreas, fígado, rins, coração, vasos sanguíneos, pulmões e mecanismo imune.

O Brasil tem aproximadamente 53,2 mil pessoas na fila de espera por um transplante de órgão. A expectativa com os avanços dos projetos na área é reduzir drasticamente o tempo de espera dos pacientes por um órgão saudável, salvando vidas e reduzindo custos do SUS. Além disso, o desenvolvimento de suínos doadores com genética e tecnologia brasileira trará independência ao país da importação desta tecnologia.

Participaram da reunião, os presidentes da SC Transplantes, Joel de Andrade; da Fapesc, Fábio Pinto; da Epagri, Dirceu Leite e os secretários de Estado da Agricultura, Valdir Colatto; da Ciência, Inovação e Tecnologia, Marcelo Fett; e de Serviços, Indústria e Comércio, Sílvio Dreveck.

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