Em uma semana, Operação Shamar atende 432 vítimas de violência doméstica em Santa Catarina
A Coordenadoria das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (CDPCAMI), da Polícia Civil de Santa Catarina, divulgou o balanço da primeira semana da Operação Shamar: 432 vítimas foram atendidas e 16 agressores presos. Os policiais também cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, a maioria para localizar armas que aumentam consideravelmente o risco de morte de mulheres que são ameaçados por homens. A operação vai até o dia 15 de setembro.
Apenas em uma semana, foram registrados 408 boletins de ocorrência envolvendo violência contra a mulher e solicitadas 280 Medidas Protetivas de Urgência (MPU). Foram instaurados 262 inquéritos e outros 302, que estavam em andamento, foram concluídos.
As DPCAMIs também estão apurando outras 240 denúncias no contexto de violência doméstica. As unidades também fizeram 12 acompanhamentos para a retirada de pertences pessoais.
As mais de 2.144 ações desenvolvidas pelas delegacias especializadas também contabilizam 30 palestras e 67 ações de panfletagem e orientações a fim de buscar a efetiva proteção das mulheres bem como apresentar os caminhos para interromper o ciclo da violência. Vale destacar ainda que 41 pessoas foram conduzidas à unidade policial por agressão a mulher, diversa a feminicídio.
A ação nacional, capitaneada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Ministério das Mulheres, Secretaria Nacional de Segurança Pública, visa ao combate da violência doméstica familiar contra a mulher e do feminicídio.
Caminhada
Nesta quinta-feira, 31, a partir das 10h, policiais civis e militares e integrantes das forças de Segurança de Santa Catarina realizarão uma caminhada no Centro de Florianópolis. A iniciativa faz parte das atividades da Operação Shamar em combate à violência contra a mulher e ao feminicídio no Estado. O objetivo é buscar a sensibilização e a conscientização da população para o tema.
A saída será na escadaria da Catedral, seguindo pela calçada da Praça XV, depois pelo calçadão da Rua Felipe Schmidt e descendo pela Rua Jerônimo Coelho até a chegada no Terminal de Integração do Centro (Ticen).
Procure ajuda
Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, a orientação é procurar a delegacia mais próxima. Lá existem profissionais capacitados que poderão dar todas as orientações para vítimas e familiares. As outras alternativas disponíveis são procurar a DPCAMI de sua cidade/região; fazer o BO por meio da delegacia virtual (delegaciavirtual.sc.gov.br), ligar para 181 (disque-denúncia); para 197 da Polícia Civil ou 180 do Ministério das Mulheres.
O Ligue 180 é a Central de Atendimento à Mulher do Ministério das Mulheres que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher. As denúncias podem ser feitas tanto pelas mulheres, como por testemunhas da violência.
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Jacqueline Iensen
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