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Em Santa Catarina, 61% das crianças já foram vacinadas contra a pólio

A Campanha contra a Poliomielite já vacinou mais de 61,63% de crianças de seis meses a menores de cinco anos no Estado, até esta quinta-feira, 13. Isto representa cerca de 234 mil de um total de 382 mil crianças nesta faixa etária que precisam ser imunizadas contra a paralisia infantil. A meta é alcançar até o dia 21 de junho, no término da campanha, uma cobertura de 95%. Os dados são atualizados diariamente e estão disponíveis no site da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde.

O Dia D da vacinação contra a pólio, realizado no sábado, 8, encerrou com mais de 167 mil crianças vacinadas. “O dia da mobilização nacional foi além de nossas expectativas, pois conseguimos chegar a 43% de cobertura em um único dia”, destaca Eduardo Macário, gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).

Segundo Macário, os pais e responsáveis por crianças de seis meses a menos de cinco anos devem levar seus filhos aos postos para tomar as gotinhas da vacina oral contra pólio (VOP). “Este ano é importante levar a caderneta de vacinação, pois só poderão receber as gotinhas da vacina oral as crianças que já tiveram registro das duas doses da vacina injetável (VIP), ou que já receberam doses da vacina oral em anos anteriores”, destaca Macário.

A vacina protege contra os três sorotipos da poliomielite – I, II e III. “Ela tem eficácia comprovada de até 95% em crianças com o esquema vacinal completo” lembra o gerente de imunização. Desde 2012, o Ministério da Saúde preconiza que o esquema vacinal contra pólio deve ser sequencial, utilizando-se os dos tipos de vacina oral e injetável (VIP/VOP) com três doses e um reforço para crianças menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando o esquema vacinal.

A vacina injetável (VIP) deve ser administrada aos 2 meses (1ª dose) e aos 4 meses (2ª dose). A criança deve tomar a vacina oral (VOP) aos 6 meses (3ª dose) e depois aos 15 meses de idade (reforço). A preferência para administração da vacina injetável (VIP) aos 2 e 4 meses de idade tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-vacinação.

Há mais de 20 anos não existem registros de casos de poliomielite no Brasil. Ainda assim, o vírus da pólio continua circulando em alguns países da Ásia e África. Só neste ano foram notificados 32 casos de crianças com poliomielite em países endêmicos. “Para garantir que a doença não seja reintroduzida no Brasil, é importante manter altas e homogêneas taxas de cobertura da vacina contra a paralisia infantil nesta população”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fábio Gaudenzi. Isso significa que é muito importante que todas as crianças com idade entre seis meses a menos de cinco anos, de todos os municípios de Santa Catarina, estejam vacinadas.

Quem não pode tomar a vacina oral contra a Pólio (VOP)
A aplicação da vacina é rápida e indolor. São duas gotinhas administradas por via oral. “Mas ela deve ser evitada em crianças com infecções agudas, febre, que tenham hipersensibilidade aos antibióticos estreptomicina ou eritromicina, que sejam imunologicamente deficientes ou apresentaram alguma reação anormal à dose anterior”, orienta o gerente de imunização da DIVE. As crianças que não tenham comprovação em caderneta de vacinação das duas doses da vacina injetável contra pólio (VIP), ou que nunca receberam doses da vacina oral (VOP) em anos anteriores, também não deverão tomar as gotinhas, devendo iniciar ou complementar o esquema com a vacina injetável (VIP). “Por isso e tão importante levar a caderneta de vacinação da criança ao posto”, reitera o diretor da DIVE.

O que é a poliomielite?
A poliomielite é uma doença infecciosa viral aguda, altamente contagiosa que afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso.

Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas da doença (febre, fadiga, cefaleia, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros), mas excretam o vírus em suas fezes, portanto, podem transmitir a infecção para outras pessoas. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, ela pode causar paralisia nos músculos da perna e até a morte, quando atinge músculos respiratórios.

Não existe tratamento contra a pólio, e somente a prevenção, por meio da vacina, garante a imunidade. 

Informações adicionais:
Ana Paula Bandeira 
Secretaria de Estado da Saúde 
E-mail: anap@saude.sc.gov.br
Telefone: (48) 3221-2071 

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