Em palestra em Campos Novos, Colombo destaca a força do agronegócio e os desafios da economia catarinense
Para falar sobre os desafios da economia em Santa Catarina e apresentar as medidas anticrise adotadas pelo Estado para enfrentar uma das maiores recessões do país, o governador Raimundo Colombo proferiu palestra na noite desta quinta-feira, 19, em Campos Novos. O governador iniciou o encontro falando da postura e das decisões do governo diante do cenário de dificuldades. “A situação da economia do país começou a piorar assustadoramente, e nós sabíamos que os desafios seriam enormes. Diante deste cenário, nós nos propomos a um objetivo: Santa Catarina será o último estado a entrar na crise e será o primeiro a sair dela”, disse Colombo.
Uma das primeiras ações foi não aumentar impostos. Colombo explicou que a medida foi no sentido de proteger a sociedade que já estaria fragilizada, precisando mais dos serviços públicos e não poderia arcar com novas despesas. O governador avalia que isso foi decisivo, porque a economia não perdeu o dinamismo, o estado se tornou ainda mais competitivo e já é o segundo maior do país, atrás apenas de São Paulo, conforme o índice que mede a competitividade entre os estados brasileiros.
Outro indicador citado pelo governador foi a taxa de desemprego em SC: cerca de 6% contra uma média nacional que está na faixa dos 13%. Colombo anunciou, durante o encontro, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta pelo Ministério do Trabalho. Santa Catarina abriu 8,01 mil vagas de trabalho no mês de setembro. Do início do ano até agora, as vagas de emprego formais abertas no estado, chegam a quase 35 mil. “É uma cidade do tamanho de Campos Novos em empregos gerados”, comemorou o governador, ao reforçar que considera a manutenção do emprego uma das maiores realizações de um governo.
O governador ressaltou a força do agronegócio na Regional de Campos Novos, considerada a maior produtora de grãos do estado, com destaque para as culturas de soja, milho, trigo e feijão. Com incentivos do Governo, de 2011 até agora, foi possível ampliar as exportações e melhorar a produtividade. De acordo com os números apresentados pelo governador, em Santa Catarina, em 2016, foram exportadas 1,6 milhão de toneladas de soja, o que representa 8,2% das exportações do estado.
Em quatro anos, a safra praticamente duplicou em Campos Novos, saindo de 141 mil toneladas para 254 mil toneladas. O equivalente a nove mil carretas carregadas do grão. O município é o maior produtor de soja do estado.
A produção de suínos e a conquista de novos mercados importadores, como a recente Coreia do Sul, também foram apontadas como vetores importantes do desenvolvimento do agronegócio catarinense. “Somos o maior produtor nacional de suínos, responsáveis por 35,2% de tudo o que é produzido no país. Um estado com 1,1% do território nacional que se agiganta com a força do trabalho da sua gente. Por isso, nosso desafio é aumentar as áreas plantadas e a produtividade para fortalecer esse potencial e o nosso modelo econômico”, frisou.
Por fim, o governador falou que o pior da crise já passou e que o Brasil pode sair ainda mais forte dessa situação. “Não há um salvador da pátria e nem um único líder. Nós precisamos de muitos líderes e também poderemos ser um deles nesse processo de construção do modelo que queremos. A sociedade precisa de uma visão tripla do universo em que ela está inserida: organização, mobilização e conscientização. É dessa forma que vamos superar todas as dificuldades”, concluiu Raimundo Colombo.
Assinatura de convênios
Antes da palestra, o governador Raimundo Colombo e a prefeita de Vargem, Milena Becher, assinaram dois convênios. Um no valor de R$ 835 mil do Fundam 1, destinados à pavimentação de vias e drenagem pluvial. E o outro, no valor de R$ 75 mil, via Funcultural, para a segunda etapa do restauro da Igreja São Judas Tadeu do município de Vargem.
{article Francieli Dalpiaz}[text]{/article}