Agência de Notícias SECOM

  1. Início
  2. /
  3. Saúde
  4. /
  5. Divulgado boletim número 18...

Divulgado boletim número 18 sobre situação de dengue, zika e chikungunya em Santa Catarina

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) divulga o boletim n° 18 de Dengue, Zika e Chikungunya, com dados até a Semana Epidemiológica n° 19 (1º de janeiro a 14 de maio de 2016). 

>>>Dengue

No período de 1 de janeiro a 14 de maio foram notificados 11.722 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 4.116 (35%) foram confirmados (3.225 pelo critério laboratorial e 891 pelo critério clínico epidemiológico), 528 (5%) estão inconclusivos (classificação utilizada pelo SINAN nos casos em que após 60 dias da data de notificação, ainda estiverem sem encerramento da investigação), 6.421 (55%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 657 (6%) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. 

Do total de casos confirmados (4.116) até o momento, 3.788 (92%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 247 (6%) são importados (transmissão fora do estado) e 81 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI) (Tabela 1).  

Tabela 1: Casos notificados de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2016

Classificação

Casos

%

Confirmados

4.116

35

        Autóctones

3.788

92

        Importados

247

6

        Em investigação de LPI

81

2

Inconclusivos

528

5

Descartados

6.421

55

Suspeitos

657

6

Total Notificados

11.722

100

Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 14/5/2016)

Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI) existem confirmação de transmissão autóctone de dengue em 24 municípios de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville, Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta e Xanxerê (Tabela 2). 

O município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número de casos autóctones (2.392) no estado, com uma taxa de incidência de 12.794,2 casos por 100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de incidência de 4.498,8 casos por 100 mil habitantes, Bom Jesus 2.552,3 por 100 mil/hab, Coronel Freitas 1.499,9 por 100 mil/hab, Descanso 1022,9 por 100 mil/hab e Modelo 455,7 por 100 mil/hab. Nessa semana, o município de Chapecó entrou no quadro de municípios em epidemia de dengue com 338,7 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.

Tabela 2: Casos autóctones de dengue segundo Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016

Municípios

Casos

%

Pinhalzinho

2392

63,1

Chapecó

697

18,4

Coronel Freitas

153

4,0

Serra Alta

149

3,9

Descanso

87

2,3

Bom Jesus

72

1,9

Itajaí

59

1,6

São Miguel do Oeste

39

1,0

Balneário Camboriú

26

0,7

Indeterminado

22

0,6

Modelo

19

0,5

Itapema

13

0,3

Saudades

11

0,3

Xanxerê

9

0,2

Maravilha

9

0,2

São José do Cedro

6

0,2

Guaraciaba

5

0,2

Caibi

4

0,2

Palmitos

4

0,1

São Lourenço do Oeste

3

0,1

Florianópolis

3

0,1

Guatambu

2

0,1

Brusque

2

0,1

Itapoá

1

0,0

Joinville

1

0,0

Total

3788

100

Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 14/5/2016).

O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que, até o momento, o maior número de casos autóctones confirmados (488) ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março).

Até o momento, foi confirmada a ocorrência de um óbito por dengue grave registrado no estado: um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março.

>>> Comparação de casos notificados e autóctones em 2015 e 2016

Em Santa Catarina, no ano de 2016, até SE 19 o número de casos notificados de dengue (11.722 casos) está acima do registrado no mesmo período em 2015 (8.533 casos), representando um aumento de 27% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos autóctones, em 2016, também considerando até a SE 19, foram confirmados 3.788 casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 3.039 casos, representando um aumento de 20% no número de casos autóctones confirmados de um ano para outro.

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 19, foram identificados 5.677 focos, em 128 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 4.738 focos em 100 municípios.

Há 43 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caçador, Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Joinville, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o último boletim, houve a inclusão dos municípios de Nova Erechim, Palma Sola, Porto União, São Domingos, São José do Cedro e Sul Brasil. 

A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Os municípios de Bom Jesus e Descanso, embora não tenham detectado até o momento disseminação e manutenção dos focos de Aedes aegypti, foram considerados infestados em função da elevada taxa de incidência de dengue em seus territórios (autoctonia).

>>> Febre de Chikungunya

No período de 1º de janeiro a 14 de maio, foram notificados 503 casos suspeitos de Febre de Chikungunya em Santa Catarina. Desses, 48 (10%) foram confirmados (45 pelo critério laboratorial e três pelo critério clínico-epidemiológico), 81 (16%) estão inconclusivos, 288 (57%) foram descartados e 86 (17%) permanecem em investigação. 

Do total de casos confirmados (48) até o momento, 46 (96%) são importados (transmissão fora do estado) e dois (4%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI). (Tabela 3 e 4).

Tabela 3: Casos de Febre de Chikungunya segundo classificação. Santa Catarina, 2016

Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 14/5/2016).

Tabela 4: Casos confirmados de Febre de Chikungunya segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016

Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 14/5/2016).

Em 2015 foram notificados 134 casos suspeitos de Chikungunya, dos quais oito (6%) foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados. Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José.

>>> Zika Vírus

No período de 1º de janeiro a 14 de maio foram notificados 321 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina. Desses, 36 (12%) foram confirmados (26 pelo critério clínico-epidemiológico e 10 pelo critério laboratorial), 11 (3%) estão inconclusivos, 189 (59%) foram descartados e 85 (29%) permanecem em investigação.

Do total de casos confirmados (36) até o momento, 33 (92%) são importados (transmissão fora do estado), dois (6%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina e um (3%) está aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI) (Tabela 5 e 6). 

Tabela 5: Casos de Febre do Zika Vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2016

Classificação

Casos

%

Confirmados

36

11

        Autóctones

2

6

        Importados

33

92

        Em investigação de LPI

1

3

Inconclusivos

11

3

Descartados

189

59

Suspeitos

85

26

Total Notificados

321

100

Fonte: LACEN/SINAN NET (com informações até o dia 14/5/2016).

Tabela 6: Casos confirmados de Febre do Zika Vírus segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016

 Fonte: LACEN (com informações até o dia 14/5/2016).

No ano de 2015 foram notificados 80 casos de febre do Zika Vírus, dos quais 10 foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode), e 70 foram descartados.

>>> Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC

A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que, dos 43 municípios considerados infestados, 38 implantaram a sala de situação municipal. Os municípios que passam a ser considerados infestados estão sendo orientados sobre a implantação da mesma.

Esses municípios foram estimulados a iniciar os ciclos de visitas a todos os imóveis existentes nas áreas infestadas e a repassarem informações semanais à Sala Estadual sobre as ações realizadas.

Além disso, os 24 municípios considerados em situação de risco, por apresentarem aumento do número de focos e de área de detecção, introdução do Aedes aegypti devido à proximidade com municípios infestados com transmissão ou infestados, ocorrência de casos isolados ou por serem polos nas regiões em que estão inseridos, foram orientados a implantarem salas de situação. São eles: Balneário Piçarras, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caibi, Canoinhas, Concórdia, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Ilhota, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Bento do Sul, Saudades, Sombrio, Tijucas e Tubarão.

Esses municípios receberam repasse financeiro estadual em 2015/2016 para qualificar as ações de vigilância e controle vetorial. O objetivo das salas, nesses municípios, é de desencadear ações intersetoriais, visando diminuir o risco de infestação ou mesmo introdução do vetor. Os municípios de Bombinha, Canoinhas, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Porto Belo, São Bento do Sul e Tijucas já informaram a implantação de suas salas.

 Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas para a Sala Estadual, pelos municípios infestados de forma semanal.

No 1º ciclo, dos 333.010 imóveis em área infestada foram realizadas visitas em 286.606 imóveis, representando 86,1% do total. No 2º ciclo de vistas, que se iniciou em 15 de fevereiro e deve ser finalizado até o dia 15 de abril (naqueles municípios que ainda não finalizaram), dos 333.359 imóveis em área infestada já foram realizadas visitas em 222.127 imóveis, representando 66,6% do total.

O terceiro e o quarto ciclo de visitas serão realizados com periodicidade bimestral. Assim o terceiro será realizado no período de 14 de março a 13 de maio e o quarto no período de 16 de maio a 15 de julho.

Além da intensificação nas visitas aos imóveis das áreas infestadas desses 43 municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC emitiu a Nota Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência no dia 22/1 com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios catarinenses. A orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos imóveis, devem ser priorizadas as ações de orientação para população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar seus potenciais criadouros. Nestes municípios, os Agentes Comunitários de Saúde visitaram 1.346.941 residências até o dia 14/5, enfocando ações de prevenção e educação em saúde relacionada ao Aedes aegypti.

Informações adicionais para a imprensa:

Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
Núcleo de Comunicação
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Estado da Saúde
Fone: (48) 3664-7406 | 3664-7402
divecomunicacao@saude.sc.gov.br