Divulgado boletim número 17 sobre situação de dengue, zika e chikungunya em Santa Catarina
De 1º de janeiro a 7 de maio foram notificados 11.338 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.885 (34%) foram confirmados (3.024 pelo critério laboratorial e 861 pelo critério clínico epidemiológico), 6.183 (55%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 1.270 (11%) estão em investigação pelos municípios. Os dados constam do boletim epidemiológico 17 da dengue, zika e chikungunya divulgado nesta terça-feira, 10, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
Do total de casos confirmados (3.885) até o momento, 3.569 (92%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 239 (6%) são importados (transmissão fora do Estado) e 77 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos notificados de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2016
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
3.885 |
34 |
Autóctones |
3.569 |
92 |
Importados |
239 |
6 |
Em investigação de LPI |
77 |
2 |
Descartados |
6.183 |
55 |
Suspeitos |
1.270 |
11 |
Total Notificados |
11.338 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 7/5/2016).
Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI), existem confirmação de transmissão autóctone de dengue em 24 municípios catarinenses: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville, Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta e Xanxerê (Tabela 2).
O município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número de casos autóctones (2.358) no Estado, com uma taxa de incidência de 12.612,3 casos por 100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de incidência de 4.468,6 casos por 100 mil habitantes; Bom Jesus, 2.552,3 por 100 mil/hab; Coronel Freitas, 1.441,0 por 100 mil/hab; Descanso, 1011,2 por 100 mil/hab; e Modelo, 407,8 por 100 mil/hab. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Casos autóctones de dengue, segundo Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016
Municípios |
Casos |
% |
Pinhalzinho |
2358 |
66,1 |
Chapecó |
542 |
15,2 |
Serra Alta |
148 |
4,1 |
Coronel Freitas |
147 |
4,1 |
Descanso |
86 |
2,4 |
Bom Jesus |
72 |
2,0 |
Itajaí |
54 |
1,5 |
São Miguel do Oeste |
37 |
1,0 |
Balneário Camboriú |
26 |
0,7 |
Indeterminado |
17 |
0,5 |
Modelo |
17 |
0,5 |
Itapema |
11 |
0,3 |
Saudades |
9 |
0,3 |
Xanxerê |
8 |
0,2 |
Maravilha |
8 |
0,2 |
São José do Cedro |
5 |
0,1 |
Caibi |
4 |
0,2 |
Palmitos |
4 |
0,2 |
Guaraciaba |
4 |
0,1 |
São Lourenço do Oeste |
3 |
0,1 |
Florianópolis |
3 |
0,1 |
Guatambu |
2 |
0,1 |
Brusque |
2 |
0,1 |
Itapoá |
1 |
0,0 |
Joinville |
1 |
0,0 |
Total |
3569 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 7/5/2016).
O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que, até o momento, o maior número de casos autóctones confirmados (488) ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março).
Até o momento, foi confirmada a ocorrência de um óbito por dengue grave registrado no Estado: um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março.
>>> Comparação de casos notificados e autóctones em 2015 e 2016:
Em Santa Catarina, no ano de 2016, até SE 18, o número de casos notificados de dengue (11.338 casos) está acima do registrado no mesmo período em 2015 (8.205 casos), um aumento de 28%. Já em relação aos casos autóctones, em 2016, até a SE 18, foram confirmados 3.569 casos, enquanto que no mesmo período em 2015 foram 2.940 casos, um aumento de 18%.
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 18, foram identificados 5.237 focos, em 128 municípios. Neste mesmo período em 2015, foram 4.595 focos em 99 municípios.
Há 42 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Joinville, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o último boletim, houve a inclusão dos municípios de Nova Erechim, Palma Sola, Porto União, São Domingos, São José do Cedro e Sul Brasil.
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Os municípios de Bom Jesus e Descanso, embora não tenham detectado até o momento disseminação e manutenção dos focos de Aedes aegypti, foram considerados infestados em função da elevada taxa de incidência de dengue em seus territórios (autoctonia).
>>> Febre de Chikungunya
De 1º de janeiro a 7 de maio de 2016, foram notificados 485 casos suspeitos de febre de Chikungunya em Santa Catarina. Desses, 48 (10%) foram confirmados (45 pelo critério laboratorial e três pelo critério clínico-epidemiológico), 281 (58%) foram descartados e 156 (32%) permanecem em investigação.
Do total de confirmados (48), 46 (96%) são importados (transmissão fora do Estado) e dois (4%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de febre de chikungunya, segundo classificação. Santa Catarina, 2016
|
|
|
Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 7/5/2016).
Casos confirmados de febre de chikungunya, segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Araranguá |
0 |
1 |
0 |
1 Minas Gerais |
|
Biguaçu |
0 |
1 |
0 |
1 Pernambuco |
|
Blumenau |
0 |
4 |
0 |
2 Bahia, 2 Paraíba |
|
Braço do Norte |
0 |
2 |
0 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|
Brusque |
0 |
1 |
0 |
1 Bahia |
|
Caibi |
0 |
1 |
0 |
1 Mato Grosso do Sul |
|
Chapecó |
0 |
1 |
0 |
1 Pernambuco |
|
Descanso |
0 |
1 |
0 |
1 Maranhão |
|
Florianópolis |
1 |
5 |
0 |
3 Pernambuco, 2 Alagoas |
|
Itajaí |
0 |
5 |
0 |
4 Pernambuco, 1 Bahia |
|
Jaraguá do Sul |
0 |
3 |
0 |
1 Pernambuco, 1 Alagoas, 1 Sergipe |
|
Joinville |
1 |
4 |
0 |
1 Ceará, 2 Pernambuco, 1 Sergipe |
|
Laguna |
0 |
1 |
0 |
1 Pernambuco |
|
Mafra |
0 |
3 |
0 |
3 Rio Grande do Norte |
|
Orleans |
0 |
1 |
0 |
1 Pernambuco |
|
Penha |
0 |
1 |
0 |
1 Rio de Janeiro |
|
Porto União |
0 |
4 |
0 |
3 Rio de Janeiro, 1 Paraná |
|
Salto Veloso |
0 |
4 |
0 |
4 Pernambuco |
|
São José |
0 |
1 |
0 |
1 Bahia |
|
Schroeder |
0 |
1 |
0 |
1 Pernambuco |
|
Xanxerê |
0 |
1 |
0 |
1 Rio de Janeiro |
|
Total |
2 |
46 |
0 |
Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 7/5/2016).
Em 2015 foram notificados 134 casos suspeitos de chikungunya, dos quais oito (6%) foram confirmados, 98 (73%) descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Dos oito casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados. Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José.
>>> Zika vírus
De 1º de janeiro a 7 de maio foram notificados 299 casos suspeitos de febre do zika vírus em Santa Catarina. Desses, 36 (12%) foram confirmados (27 pelo critério clínico-epidemiológico e nove pelo critério laboratorial), 175 (59%) foram descartados e 88 (29%) permanecem em investigação.
Do total de casos confirmados (36) até o momento, 33 (92%) são importados (transmissão fora do Estado), dois (6%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI) e um (3%) é autóctone, com transmissão dentro de Santa Catarina.
Casos de febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2016
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
36 |
12 |
Autóctones |
1 |
3 |
Importados |
33 |
92 |
Em investigação de LPI |
2 |
6 |
Descartados |
175 |
59 |
Suspeitos |
88 |
29 |
Total Notificados |
299 |
100 |
Fonte: LACEN/SINAN NET (com informações até o dia 7/5/2016)
Casos confirmados de febre do zika vírus, segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Armazém |
|
1 |
1 Rio de Janeiro |
||
Balneário Camboriú |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Belmonte |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Biguaçu |
1 |
||||
Braço Do Norte |
1 |
1 Sergipe |
|||
Brusque |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Camboriú |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Chapecó |
1 |
1 |
1 Chapecó/SC, 1 Mato Grosso |
||
Cunha Porã |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Florianópolis |
8 |
1 Alagoas, 4 Rio de Janeiro, 1 São Paulo, 2 Mato Grosso |
|||
Ipuaçu |
2 |
2 Mato Grosso |
|||
Itajaí |
1 |
1 Rondônia |
|||
Jaguaruna |
1 |
1 São Paulo |
|||
Luís Alves |
1 |
1 São Paulo |
|||
Maravilha |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Paraíso |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Pomerode |
1 |
1 Ceará |
|||
São Francisco Do Sul |
1 |
1 Pernambuco |
|||
São João Do Sul |
1 |
1 Rondônia |
|||
São José |
1 |
1 |
1 Rio de Janeiro |
||
Tigrinhos |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Tubarão |
2 |
1 Mato Grosso, 1 Rio Grande do Norte |
|||
Urussanga |
1 |
1 Indeterminado importado |
|||
Videira |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Xanxerê |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
TOTAL |
2 |
33 |
1 |
Fonte: LACEN (com informações até o dia 7/5/2016).
Em 2015 foram notificados 80 casos de febre do zika vírus, dos quais 10 foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode), e 70 foram descartados.
>>> Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC
A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que, dos 42 municípios considerados infestados, 37 implantaram a sala de situação municipal. Os municípios que passam a ser considerados infestados estão sendo orientados sobre a implantação da mesma.
Esses municípios foram estimulados a fazer ciclos de visitas a todos os imóveis existentes nas áreas infestadas e a repassarem informações semanais à Sala Estadual sobre as ações realizadas.
Além disso, os 25 municípios considerados em situação de risco, por apresentarem aumento do número de focos e de área de detecção, introdução do Aedes aegypti devido à proximidade com municípios infestados com transmissão ou infestados, ocorrência de casos isolados ou por serem polos nas regiões em que estão inseridos, foram orientados a implantarem salas de situação. São eles: Balneário Piçarras, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Caibi, Canoinhas, Concórdia, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Ilhota, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Bento do Sul, Saudades, Sombrio, Tijucas e Tubarão.
Esses municípios receberam repasse financeiro estadual em 2015/2016 para qualificar as ações de vigilância e controle vetorial. O objetivo das salas é de desencadear ações para diminuir o risco de infestação ou mesmo introdução do vetor. Os municípios de Bombinha, Canoinhas, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Porto Belo, São Bento do Sul e Tijucas já informaram a implantação de suas salas.
Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas para a Sala Estadual, pelos municípios infestados de forma semanal.
No 1º ciclo, dos 333.010 imóveis em área infestada foram realizadas visitas em 286.606 imóveis, representando 86,1% do total. No 2º ciclo de vistas, que se iniciou em 15 de fevereiro e deve ser finalizado até o dia 15 de abril (naqueles municípios que ainda não finalizaram), dos 333.359 imóveis em área infestada já foram realizadas visitas em 222.127 imóveis, representando 66,6% do total.
O terceiro e o quarto ciclo de visitas serão realizados com periodicidade bimestral. Assim, o terceiro será realizado no período de 14 de março a 13 de maio e o quarto no período de 16 de maio a 15 de julho.
Informações adicionais para a imprensa:
Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
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