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Divulgado boletim atualizado nesta quinta-feira, 9, sobre a situação da gripe em Santa Catarina

Até o dia 9 de junho (SE 23) foram notificados 1.567 casos de SRAG em Santa Catarina. Destes, 365 (23,3%) foram confirmados para influenza, sendo 126 (34,5%) pelo vírus influenza A (H1N1), 234 (64,1%) pelo vírus Influenza A, aguardando subtipagem (para identificar se o vírus é do tipo H1N1 ou H3N2) e cinco (1,4%) pelo vírus influenza B.

Outros 732 casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), e 461 casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial (Tabela 1).

>>> O boletim completo está disponível neste link

Dos 130 óbitos por SRAG notificados, 41 foram confirmados por influenza, sendo 29 (22,3%) pelo vírus influenza A (H1N1), 11 (8,5%) pelo vírus Influenza A, aguardando subtipagem e um (0,8%) pelo vírus influenza B. Outros 67 óbitos por SRAG apresentaram resultado negativo para influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, e 21 se encontram em investigação (tabela 1).

Os dados são da vigilância universal de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que monitora os casos hospitalizados e óbitos com o objetivo de identificar o comportamento do vírus influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves de SRAG causados pelo vírus.

Os números são coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde por meio de formulários padronizados e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para análise ao LACEN/SC.

As informações apresentadas neste informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SE) 1 a 23 de 2016, ou seja, casos com início de sintomas de 3/1/2016 a 9/6/2016.

  1. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica, que, na maioria dos casos levam à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B; ou por bactérias, fungos e outros agentes.

 Tabela 1: Casos e óbitos de SRAG por influenza segundo classificação final. Santa Catarina, 2016

Fonte: SINAN INFLUENZA WEB (Atualizado em 9/6/2016. Dados sujeitos a alterações).

    Figura 1 – Casos SRAG hospitalizados Classificação final por SE de início dos sintomas. SC, 2016 

    Fonte: SINAN INFLUENZA WEB (Atualizado em 9/6/2016. Dados sujeitos a alterações).

As regiões de Blumenau, Joinville e Lages concentram o maior número de casos confirmados de SRAG pelo vírus influenza no estado até o momento.Os municípios que apresentaram o maior número de casos confirmados foram Blumenau (52 casos), seguido por Joinville (37 casos), Lages (29 casos), Florianópolis (17 casos), Tubarão (16 casos) e Criciúma (15 casos). 

Considerações 

O perfil de casos de SRAG, até o momento, indica uma intensa circulação do vírus influenza, com predominância do subtipo A (H1N1), acometendo principalmente adultos e pessoas com comorbidades (doentes crônicos e obesos). Esses grupos apresentam uma tendência maior a apresentarem complicações quando infectadas pelo vírus influenza, por isso a importância de procurarem um serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe, para o tratamento adequado.

O uso do antiviral (Oseltamivir) está indicado para todos os casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações e de síndrome respiratória aguda grave, independentemente da situação vacinal. Nos pacientes com síndrome gripal sem condições e fatores de risco para complicações, a indicação do antiviral deve ser baseada em julgamento clínico, se o tratamento puder ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença.

A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como naqueles com síndrome respiratória aguda grave. O antiviral apresenta benefícios mesmo se administrado após 48 horas do início dos sintomas.

A gripe causada pelo vírus influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver de minutos a horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão que pode ser grave e até fatal, se não tratada a tempo.

Os vírus do tipo influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se principalmente no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão do vírus.

Além da vacinação para os grupos prioritários, estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável, as principais formas de prevenção para a gripe são:

– Higiene respiratória/etiqueta da tosse – medida capaz de reduzir a circulação viral, pois previne a disseminação entre as pessoas;

– Tratamento precoce com medicamentos antivirais, que ajudam a evitar a evolução para formas graves.

Informações adicionais para a imprensa:

Letícia Wilson / Patrícia Pozzo
Núcleo de Comunicação
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Estado da Saúde
Fone: (48) 3664-7406 | 3664-7402
divecomunicacao@saude.sc.gov.br