Divulgado boletim atualizado nesta quinta-feira, 23, sobre a situação da gripe em Santa Catarina
Até esta quinta-feira, 23, (SE 25), foram notificados 1.783 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. Destes, 423 (23,7%) foram confirmados para influenza, sendo 207 (48,9%) pelo vírus influenza A (H1N1), 210 (49,6%) pelo vírus influenza A, aguardando subtipagem (para identificar se o vírus é do tipo H1N1 ou H3N2) e seis (1,4%) pelo vírus influenza B. Outros 937 casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), e 407 casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial. (Tabela 1).
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Dos 148 óbitos por SRAG notificados, 44 foram confirmados por influenza, sendo 36 (81,8%) pelo vírus influenza A (H1N1), sete (15,9%) pelo vírus influenza A, aguardando subtipagem e um (2,3%) pelo vírus influenza B. Outros 95 óbitos por SRAG apresentaram resultado negativo para influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, e 9 se encontram em investigação. (Tabela 1).
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica, que, na maioria dos casos levam à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B; ou por bactérias, fungos e outros agentes.
As informações apresentadas neste informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SE) 1 a 25 de 2016, ou seja, casos com início de sintomas de 3/1/2016 a 23/6/2016.
Tabela 1: Casos e óbitos de SRAG por influenza segundo classificação final. Santa Catarina, 2016
Fonte: SINAN INFLUENZA WEB (Atualizado em 23/6/2016. Dados sujeitos a alterações).
As regiões de Blumenau, Joinville e Lages concentram o maior número de casos confirmados de SRAG pelo vírus influenza no estado até o momento. Os municípios que apresentaram o maior número de casos confirmados foram Blumenau (52 casos), seguido por Joinville (44 casos), Lages (29 casos), Tubarão (22 casos), Criciúma (18 casos) e Florianópolis (17 casos).
Os dados contidos nesse informe são da vigilância universal de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que monitora os casos hospitalizados e óbitos para identificar o comportamento do vírus influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves de SRAG causados pelo vírus.
Os números são coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde por meio de formulários padronizados e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para análise ao LACEN/SC.
Considerações Finais
O perfil de casos de SRAG, até o momento, indica uma intensa circulação do vírus influenza, com predominância do subtipo A (H1N1), acometendo principalmente adultos e pessoas com comorbidades (doentes crônicos e obesos). Esses grupos apresentam uma tendência maior a apresentarem complicações quando infectadas pelo vírus influenza, por isso a importância de procurarem um serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe, para o tratamento adequado.
O uso do antiviral (Oseltamivir) está indicado para todos os casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações e de síndrome respiratória aguda grave, independentemente da situação vacinal. Nos pacientes com síndrome gripal sem condições e fatores de risco para complicações, a indicação do antiviral deve ser baseada em julgamento clínico, se o tratamento puder ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença.
A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como naqueles com síndrome respiratória aguda grave. O antiviral apresenta benefícios mesmo se administrado após 48 horas do início dos sintomas.
A gripe causada pelo vírus influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver de minutos a horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão que pode ser grave e até fatal, se não tratada a tempo.
Os vírus do tipo influenza circulam durante todo o ano, intensificando-se principalmente no período de inverno, quando as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados, o que favorece a transmissão do vírus.
Além da vacinação para os grupos prioritários, estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável, as principais formas de prevenção para a gripe são:
– Higiene respiratória/etiqueta da tosse – medida capaz de reduzir a circulação viral, pois previne a disseminação entre as pessoas;
– Tratamento precoce com medicamentos antivirais, que ajudam a evitar a evolução para formas graves.
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