As pessoas que estão tendo contato com a água e o lodo resultante dos alagamentos e enchentes provocadas pelas fortes chuvas dos últimos dias devem ter mais um tipo de cuidado: o de não contrair a leptospirose.

A doença é provocada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente os roedores. A bactéria penetra no corpo por meio de machucados ou mesmo pela pele sadia, quando a pessoa fica muito tempo em contato com a água.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, a Dive, o número de casos da doença no estado é parecido ao de regime de chuvas, com aumento entre os meses de dezembro a março, diminuindo durante o inverno.

O diretor da Dive, João Augusto Fuck, descreve os principais sintomas da doença e orienta para que os moradores de áreas alagadas evitem ao máximo o contato com a água e o lodo, usando, por exemplo, botas e luvas durante a limpeza dos locais atingidos:

SONORA

O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetados com água sanitária, na proporção de dois copos de 200 ml cada para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos. Em caso de acidentes com animais peçonhentos, pode-se buscar atendimento no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina, com funcionamento 24 horas, pelo telefone 0800 643 5252.

Em 2021, 153 casos de leptospirose foram confirmados em Santa Catarina, com registro de 10 mortes. A doença afetou principalmente homens entre 30 e 60 anos de idade. Neste ano, já foram notificados 131 casos, com o registro de 11 óbitos.