DIVE investe em planejamento para conter o avanço na dengue em SC
A partir da atualização do Plano Estadual de Contingência para Enfrentamento da Dengue e da análise do panorama em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), propõe que 12 cidades catarinenses invistam no planejamento para evitar surtos da dengue nos próximos meses.
A elaboração dos planos municipais foi acordada com gestores e técnicos de saúde na última terça-feira, 8. Até a segunda semana de novembro, oito cidades (Blumenau, Chapecó, Itapema, Joinville, Pinhalzinho, São Miguel do Oeste, Xanxerê e Xaxim) com os números mais elevados de focos do mosquito Aedes aegypti, além de Florianópolis, Biguaçu, Palhoça e São José, devem estar com seu planejamento estruturado.
“Sugerimos aos 12 municípios que elaborem propostas simples para que possam ser colocadas em prática o quanto antes a fim de conter o avanço da dengue. Os outros municípios catarinenses devem manter suas ações de enfrentamento da doença”, explica a gerente de Zoonoses da DIVE, Suzana Zeccer.
Segundo ela, a prioridade no Estado continua sendo a vigilância e o controle do mosquito para detecção precoce e redução dos riscos de transmissão da doença. Santa Catarina possui 8.151 pontos estratégicos cadastrados, entre eles, borracharias, ferros-velhos, depósitos de materiais de construção e outros locais que podem favorecer a proliferação do mosquito. Além disso, uma rede de mais de 21 mil armadilhas permite o monitoramento do Aedes aegypti em 100% dos municípios.
Entre outras ações, o Plano Estadual prevê a adoção de uma nova sistemática na rede de armadilhas, buscando aumentar a detecção precoce dos focos. O cronograma de atividades inclui também capacitação dos profissionais envolvidos na Estratégia de Saúde da Família para que estejam atentos aos casos suspeitos e confirmados. As equipes também colaboram na orientação das famílias, estimulando a eliminação de possíveis criadouros do mosquito.
Segundo a gerente de zoonozes, o enfrentamento da dengue precisa ser uma ação coletiva. “O planejamento para enfrentrarmos a dengue vai além da questão técnica, pois é preciso a mobilização de toda a comunidade”, ressalta Suzana.
Alto número de focos
O alerta leva em conta um crescimento significativo no número de casos suspeitos e confirmados, assim como dos focos do mosquito transmissor da dengue em Santa Catarina. Em 2013 já foram contabilizados 1.077 casos suspeitos e 254 confirmados. O número de focos chega a mais de 2.000, o maior já registrado.
Também preocupa o fato de que no início desse ano, Santa Catarina deixou de ser o único estado brasileiro sem circulação do vírus da dengue. Todos os casos vinham de outros Estados, o que significa que a doença foi adquirida fora do território catarinense. Em março, no entanto, foram notificados15 casos em Chapecó – em que as pessoas se infectaram no próprio município. Outros três casos de infecção local foram detectados em Itapema.
Orientações para evitar a dengue:
– Coloque areia nos pratos das plantas
– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
– Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados
– Remova duas vezes por semana a água acumulada em folhas de plantas, como as bromélias
– Trate a água da piscina com cloro e a limpe uma vez por semana
– Mantenha as lixeiras tampadas
– Guarde as garrafas com o gargalo para baixo
– Retire a água acumulada em lajes
– Mantenha os ralos fechados e desentupidos
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
– Deixe os depósitos para guardar água sempre cobertos
– Evite acumular entulhos, pois eles podem tornar-se locais de foco do mosquito da dengue
Informações adicionais para a imprensa
Ana Paula Bandeira
Assessoria de Imprensa SES
Secretaria de Estado da Saúde – SES
E-mail: anap@saude.sc.gov.br
Fone: (48) 3221-2071/9113-6065
Site: www.saude.sc.gov.br