DIVE alerta para que comunidades atingidas por alagamentos se previnam contra doenças
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde reforça que a situação de dezenas de municípios catarinenses afetados pelas chuvas intensas exige cuidados com a saúde. Durante os alagamentos e após o recuo das águas a população deve ficar alerta para o risco de contaminação e proliferação de diferentes doenças.
Com a chegada de uma nova frente fria, e a necessidade de abrigo de diversas famílias em alojamentos nas cidades atingidas, a DIVE adverte para a possibilidade de maior incidência de problemas respiratórios. A principal medida de prevenção é manter ambientes arejados e lavar frequentemente as mãos, principalmente depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro e antes das refeições. Além disso, a orientação é que sempre ao tossir ou espirrar as pessoas protejam a boca e o nariz com um lenço de papel descartável. Se não houver lenço de papel é possível usar a parte interna do cotovelo.
A prevenção de diarreias e hepatites também exige maior cuidado nesse período de alagamentos. No caso das hepatites A e E, o vírus que fica no intestino é eliminado com as fezes, portando a doença pode ser transmitida pela ingestão de água que não foi tratada e de alimentos contaminados.
A possibilidade de aumento dos casos de diarreia é outra preocupação. A população não deve utilizar alimentos que tiveram contato com os alagamentos nem a água de fontes naturais e poços. A água deve ser filtrada e fervida, ou tratada com hipoclorito de sódio.
Ações de prevenção serão também fundamentais para que os municípios afetados pelas chuvas intensas não tenham maior incidência de leptospirose nos próximos meses.
A doença é provocada por uma bactéria encontrada na urina dos ratos. Essa bactéria que pode estar nas águas contaminadas, nos alimentos e no solo entra no corpo humano através da pele ou partes internas da boca e dos olhos.
Evitar o contato com água ou lama da enchente e impedir que crianças brinquem em locais que possam estar contaminados por urina de rato são algumas das orientações para prevenir a leptospirose.
Ao retornar para suas casas, moradores devem se proteger com calçados fechados, se possível botas, retirar toda lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios. É necessário lavar e desinfetar todos os objetos que tiveram contato com as águas. No retorno para as residências será ainda necessário o cuidado com animais peçonhentos como aranhas e cobras, que podem estar escondidos nos cantos e entre os móveis.
Informações adicionais:
Ana Paula Bandeira
Secretaria de Estado da Saúde
E-mail: anap@saude.sc.gov.br
Telefone: (48) 9113-6065