Agência de Notícias SECOM

  1. Início
  2. /
  3. Agricultura
  4. /
  5. Dia Mundial de Combate...

Dia Mundial de Combate à Raiva: Cidasc destaca a importância da prevenção e conscientização contra a doença

“Todos por um, uma saúde para todos” é o tema da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) para o Dia Mundial da Raiva em 2023, comemorado nesta quinta-feira, 28 de setembro. É uma referência ao famoso romance de Alexandre Dumas, onde a união, o trabalho em equipe supera as adversidades da jornada, ou seja, é necessário que a comunidade mundial supere os sistemas de saúde desequilibrados e os conflitos para alcançar o nosso objetivo global de zero mortes humanas, com a #ZeroBy30, por raiva mediada por cães até 2030.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) reforça a importância da manutenção das ações de prevenção e controle da doença no Estado. E traz o tema da Omsa para o contexto das ações de controle da raiva em Santa Catarina, a Cidasc tem por objetivo conscientizar e alertar a população e produtores rurais sobre a importância da vacinação de animais como a única forma eficaz de combater a doença.

A raiva é uma zoonose de curso fatal causada por um vírus que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo animais rurais, cães, gatos, raposas, macacos e morcegos. É uma doença que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. A doença, transmitida por animais domésticos, animais de produção e animais silvestres, ataca o Sistema Nervoso Central (cérebro), causando mudança de comportamento, paralisia e por vezes agressividade. 

O animal doente elimina o vírus da raiva pela saliva. “Por isso, não devemos colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção e/ou salivação intensa. Cães, gatos e animais silvestres transmitem a doença pela mordida do animal doente”, comenta o médico veterinário da Cidasc e responsável pela Coordenação Estadual de Controle da Raiva e Vigilância para Encefalopatias Transmissíveis (Ceret) em Santa Catarina, Fábio de Carvalho Ferreira.

Morcegos
O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é o responsável pela transmissão da raiva para os herbívoros, portanto jamais coloque a mão em um morcego mesmo que ele esteja imóvel e aparentemente morto. Fábio de Carvalho Ferreira, ressalta que “as espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Por isso, somente profissionais capacitados da Cidasc podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo”, afirma o médico veterinário. Em caso de acidente com um desses animais, o posto de saúde mais próximo, relate o ocorrido para receber o tratamento adequado.

Sintomas nos animais
O animal apresenta um sangramento na ferida onde ocorreu a mordedura. Os sintomas mais comuns da contaminação são a respiração ofegante, o descontrole da coordenação motora e a morte em torno de dez dias. O animal contaminado pela raiva sempre vai a óbito. O morcego-vampiro (Desmodus rotundus) têm hábitos noturnos e são encontrados em cavernas, ocos de árvores, minas e casas abandonadas.

Sintomas nos humanos
Os sintomas da raiva humana são inespecíficos no início da doença, como mal-estar geral, pequeno aumento da temperatura corporal, falta de apetite e, em seguida, instala-se alterações de sensibilidade, queimação, formigamento, dor no local do ferimento, com posterior quadro de infecção e febre, evoluindo para aerofobia, hidrofobia e crise convulsiva. O período entre o aparecimento do quadro clínico até o óbito varia entre cinco e sete dias.

Como proceder em caso de acidente
Em caso de agressão por um animal suspeito de ter a doença, a vítima deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e procurar com urgência o serviço de saúde mais próximo, para avaliação da situação. No caso do agressor ser animal doméstico (cão e gato), não se deve matar o animal e, sim, deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.

Para ajudar no controle da raiva
– Vacine seu rebanho contra a raiva;
– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade;
– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique à Cidasc do seu município, mesmo que não estejam doentes;
– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.

Atenção! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente.

Controle da Raiva dos Herbívoros em Santa Catarina
Coordenação Estadual de Controle da Raiva e Vigilância para Encefalopatias Transmissíveis (Ceret) de Santa Catarina tem como estratégias de atuação o controle da população do vetor da doença – morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus; o fomento à vacinação dos herbívoros; a vigilância epidemiológica; o monitoramento sistemático e cadastramento de abrigos de morcegos e a educação em saúde e capacitação dos profissionais da Cidasc.

A raiva é uma doença de notificação obrigatória, na suspeita. Por se tratar de uma zoonose, o pecuarista não deve manipular os animais que apresentarem sintomas como salivação excessiva, dificuldade de andar, paralisia ou caídos. Esses sintomas, somados à presença de espoliação/mordedura no animal, é um forte indicativo de suspeita de raiva. Dessa forma, notifique a Cidasc de seu município, ou a mais próxima, imediatamente. 

A vacinação dos animais é a única forma de combate à doença, pois ela não tem tratamento e leva o animal à morte. Para que a vacinação seja eficaz, fiquem atentos à correta armazenação da vacina, para garantir que seu animal seja devidamente imunizado. Ela precisa ser guardada e transportada em temperatura de 2 a 8 °C para manter sua eficiência. Frascos abertos com alguma dose restante de vacina para raiva não podem ser guardados para a dose de reforço.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva
A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação.

Caso o animal nunca tenha sido vacinado contra raiva:
– Vacine;
– Dê uma dose de reforço em 30 dias;
– Faça reforços a cada 180 dias se houver focos de raiva no seu município;
– Caso não haja focos de raiva no seu município, revacine anualmente.

Caso o animal tenha sido vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço: 
– Vacine;
– Dê uma dose de reforço em 30 dias;
– Faça reforços a cada uma nova dose em 180 dias, se houver focos de raiva no seu município;
– Caso não haja focos de raiva no seu município, revacine anualmente.

Mais informações à imprensa:
Alessandra Carvalho
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom
https://www.instagram.com/cidascoficial/
Ouvidoria: 0800 644 8500

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support