A Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC) realizou reunião técnica de previsão e alertas em Santa Catarina. O evento contou com a participação da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). O encontro foi realizado na quinta, 22, e sexta-feira, 23, na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus de Florianópolis.

O encontro tratou de dois eixos do projeto Gides (Projeto de Fortalecimento da Gestão Integrada de Riscos e Desastres – Cooperação Brasil Japão). Os membros abordaram o eixo de mapeamento de áreas de risco e monitoramento e alerta. “A reunião serve para discutir os manuais que estão em fase de confecção nesses dois eixos sobre a aplicabilidade nos estados e municípios”, diz o diretor de Prevenção e Preparação da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Fabiano de Souza.

Durante a abertura, o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, reafirmou que o trabalho serve para discutir ações de proteção ao cidadão e todo o território nacional.

Participaram integrantes da Defesa Civil de Santa Catarina, Jica, Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), CPRM (Serviço Geológico do Brasil), SPG (Secretaria de Estado do Planejamento), SDS (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável), Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), UFSC, Udesc, Epagri/Ciram, Sedec (Secretaria Nacional dae Proteção e Defesa Civil), Defesas Civis Municipais, em especial o município piloto do Projeto Gides que é Blumenau.

Primeiro dia

Pela manhã, foi apresentado o manual de Previsão e Alerta usado pelo Cemaden, em seguida o Cenad apresentou o manual e Plano de Contingência. Após um intervalo, foi a vez da CPRM apresentar o manual de mapeamento de risco. Em seguida, a Secretaria de Estado da Defesa Civil apresentou o protocolo padrão usado no Estado para o monitoramento. Para finalizar a primeira parte, o município piloto do projeto Gides, Blumenau, fez sua apresentação do protocolo padrão usado pela equipe de monitoramento.

Na segunda etapa da reunião, os envolvidos foram divididos em dois grupos para discutir preposições para o plano de contingência para a metodologia de identificação das áreas de risco.

Segundo dia

Na sexta-feira, 23, o trabalho continuou e contou com a participação do secretário Nacional da Defesa Civil, Renato Newton Ramlow. Ele aproveitou para reiterar a parceria entre o Estado catarinense.

O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, também reiterou que a reunião técnica serve para avaliar o que é necessário ser incluído no manual que está sendo construído e que visa proteger o cidadão e suas próximas gerações.

Para iniciar as atividades, o secretário municipal da Defesa Civil de Blumenau, Marcelo Schrubbe, apresentou o plano de contingência do município. Ele mostrou os maiores desastres que atingiram o município, entre eles a enchente de 1983 e 1984, quando o nível do rio passou de 16 metros. Com isso, Schrubbe mostrou o desafio de sua equipe minimizar os estragos e organizar as operações. “Desenvolvemos treinamento e simulados, mapeamento das áreas de risco e criamos a cultura de prevenção”, explica.

Na oportunidade, foi discutido o assunto e apresentado o cronograma para as próximas reuniões técnicas.

Gides

O Gides foi criado em agosto de 2013 em parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Jica numa reaproximação do Governo Federal e governo japonês (no âmbito federal, o Ministério da Integração, Ministério das Cidades, Ministério da Ciência Tecnologias e Inovação, e Ministério de Minas e Energia). Entre as cidades escolhidas para participarem deste projeto, estão Blumenau (SC), Petrópolis (RJ) e Nova Friburgo (RJ), considerados municípios que mais sofreram com as consequências dos desastres naturais de 2008 e 2011.

Objetivo

O objetivo principal é a redução dos riscos de desastres geológicos através de medidas preventivas não estruturais. Os principais resultados são: melhoria dos sistemas de avaliação e mapeamento de riscos, previsão e alerta e também o planejamento urbano na atuação de prevenção de desastres. Tais melhorias serão efetivadas após a elaboração e validação de manuais técnicos, que serão aplicados nos municípios-piloto selecionados e, após aprovados, serão replicados em todo o país. 

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Cleiton Ferrasso
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